Nação tricolor;
Foi um verdadeiro sufoco no segundo tempo. Mas o Maior do Mundo conseguiu ao menos o resultado que eliminou o Monterrey da competição e, no México, conquistou ao menos o segundo lugar da chave. A decisão ficará para o Morumbi diante do encardido Once Caldas.
Ricardo Gomes insinuou uma escalação com Cicinho em uma primeira linha de quatro jogadores, mas voltou atrás e o São Paulo entrou em campo com Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar. Souto, Hernanes, C. Santana e JW. Dagoberto e Washington. A escalação ideal, na minha opinião.
O primeiro tempo foi bastante equilibrado, com uma boa postura tática do time e muito empenho na marcação por parte do São Paulo. As poucas chances de gol de ambas equipes foram muito insinuantes e os goleiros tiveram trabalho para garantir o virgem placar. Apesar da boa postura, faltava velocidade ao tricolor no meio e mais chegada no ataque. Os meio campistas tocam muito a bola e isso impede uma jogada rápida, principalmente nessa configuração de partida.
Já na segunda etapa a equipe caiu, principalmente porque jogou um clássico completo no domingo passado e teve uma viagem longa, além do adversário que, em desespero, avançou seus jogadores. O meio que já era lento e burocrático, agora nem segurava a bola na frente. RG tirou Dagoberto acertadamente e colocou Fernandinho. O atacante mostrou qualidade mas estava distante de Washington, que por sua vez não contava com o meio campo. A defesa tricolor, segura, ainda contou com a excelente atuação defensiva de Junior Cesar, um verdadeiro leão no setor.
Quando o jogo partia para seus dez minutos finais, o Monterrey partiu de vez. Aà entra o detalhe negativo do tricolor, por parte de seu técnico. Hernanes saiu para o lugar de Xãndão. Pera aÃ, RG… Xandão??? Nada contra o promissor zagueiro mas…tá de sacanagem? Logo sabendo que a equipe mexicana fatalmente viria para cima? A partir daà foi jogo de uma equipe só, com o apoio de sua torcida, que percebeu a presepada do adversário. Covardia não ganha Libertadores…
Após um sofridÃssimo final de jogo, onde até bola na trave recebemos, enfim, o sistema defensivo salva a pele do técnico, mas não impediu o impensável: Com a filosofia explÃcita na troca meia/zagueiro, a equipe correu riscos desnecessários e mostra que seu técnico não tem gabarito para liderar uma das equipes mais importantes do Mundo e uma superpotência do futebol sul-americano. Jogamos com garra, organização e vontade, dentro das nossas limitações de formação e técnica. Mas definitivamente pensamos como time pequeno.
No final das contas o empate foi muito bom porque eliminou o adversário, que usou o jogo como um tudo ou nada, porém não convenceu mais uma vez. A derrota nos minutos finais poderia ter acontecido, mas felizmente não aconteceu. O que fica aqui é: Qual será a postura diante do Once Caldas, no Morumbi? Qual a postura diante de Botafogo e Santo André? Os torneios afunilaram, assim como a mentalidade do maior clube do Brasil. A coisa ainda está longe de estar boa.
Saudações tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Salvou a equipe em dois momentos hoje. Partida para nenhum corneteiro botar defeito! Nota: 10,0
Cicinho Bem no primeiro tempo, apesar de ainda não estar na sua melhor forma. Na segunda etapa pregou e saiu, aparentemente com um problema muscular. Nota: 5,5
Alex Silva Muito bem e, principalmente, com espÃrito de Libertadores na veia. Partida irrepreensÃvel! Nota: 9,5
Miranda Fez boa partida, segurando bem o ataque mexicano. Nota: 8,0
Junior Cesar Impecável defensivamente, não permitindo nenhuma jogada pelo seu setor, e ainda arriscou boas jogadas no ataque. Sua melhor partida pelo tricolor. Merece hoje uma nota máxima: DEZ!
Rodrigo Souto Bons passes, marcação firme. Só falta mais mobilidade, que só se consegue com ritmo de jogo. Nota: 7,0
Hernanes Mesmo não jogando o fino da sua bola, arriscou algumas jogadas e deu um chute perigoso, defendido pelo “Goleiro Fandangos†Orosco. Precisa chegar um pouco mais na frente. Nota: 5,0
Jorge Wagner Bom primeiro tempo, no segundo sumiu completamente. Nota: 4,5
Cléber Santana Partida fraca, excessivamente cadenciada e pouco produtiva. Nota: 4,0
Dagoberto Outro que não jogou o que sabe. Muitas bolas perdidas no primeiro tempo e pouca chegada na grande área. Foi bem substituÃdo na segunda etapa. Nota: 4,0
Washington Boa atuação no primeiro tempo, mas com o meio chegando pouco teve que jogar fora da área, aà já viu, né? Segundo tempo apagado, como todo o meio/ataque. Nota: 5,5
Fernandinho Entrou no começo da segunda etapa e mostrou vontade e qualidade, só que o meio não acompanhou. Nota: 7,0
Xandão Entrou no fim para segurar, não tocou na bola. Xandão, RG???????????????? Sem nota.
Ricardo Gomes Se hoje algum torcedor tinha suspeita de sua filosofia, após a incrÃvel substituição que quase arruinou o jogo, essa suspeita virou prova cabal da limitação do nosso técnico. Um risco absurdamente desnecessário, que jogou boa parte dos jogadores na fogueira no final da partida. Pensamento pequeno e que não resolve muito na Libertadores, pelo menos no ponto de vista de um clube que sempre a almeja. Estava indo bem na escalação, no primeiro tempo e até na substituiçnão de Fernandinho. Mas a troca de Hernanes por Xandão mostrou o que pretende nos jogos mais difÃceis. Na boa novamente, RG. Assim não vamos a lugar algum e por muito pouco, mas muito pouco mesmo, voltamos zerados e com uma crise maior ainda para o Brasil. Nota: ZERO pela covardia que quase pôs tudo a perder em Monterrey!
Diretoria Ao invés de prestigiar o técnico ou detonar jogador contratado, seria melhor trabalhar em silêncio e agir com o grupo e a comissão técnica. Diretores, vocês tem uma responsabilidade grande com esse planejamento, esse técnico e com a nossa torcida. Resultados e jogos “OK†não ganham Libertadores!
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