Descontente com a reserva, Cicinho reclamou publicamente. As declarações geraram respostas da diretoria e do técnico Ricardo Gomes. No entanto, o retorno do lateral-direito ao time titular não foi dos melhores e ele teve que ser substituído aos 27min do segundo tempo no empate sem gols com o Monterrey, com dores na perna direita. O treinador usou a lesão do jogador nesta quarta-feira para justificar a opção por deixá-lo no banco.

“Conversei com ele. Eu tomo as decisões baseado no departamento médico, não é achismo. Hoje, as condições físicas são bem melhores do que quando ele chegou. Mas ele sentiu e por isso não jogou. Decidi que o jogo de hoje era mais importante. Tanto que ele sentiu. O trabalho tem muita seriedade, não tem achismo, não protege ninguém”, explicou Gomes à Rádio Globo.

Cicinho voltou a ser titular nesta quarta-feira após duas partidas. Aos 27min do empate pela Copa Libertadores ele deixou o gramado com dores na perna direita para a volta do então titular Jean. “Não é um músculo muito importante, acho que a recuperação vai ser rápida”, completou o treinador.

O descontentamento do lateral-direito repatriado da Roma (Itália) ficou explícito após a derrota por 4 a 3 no clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Paulista. A reclamação de Cicinho repercutiu na diretoria tricolor.

“Ele que transforme a reclamação e o bico dele em qualidade de jogo e bom aproveitamento. Não adianta reclamar fora de campo. Que ele recupere a qualidade dentro de campo. Aí, sim, terá lugar no time do São Paulo”, disse o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva em entrevista à rádio Joven Pan na terça-feira.

Em um tom mais amistoso, o técnico Ricardo Gomes alertou para a sequência de jogos do São Paulo e explicou que as condições físicas pesavam em sua escolha. "Ele veio pra ser titular, mas isso não quer dizer que ele vá jogar sempre", falou na véspera da partida contra o Monterrey.