Ricardo Gomes desembarcou no Morumbi como incógnita em junho do ano passado para substituir Muricy Ramalho, demitido depois da eliminação para o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores.

Sob desconfiança, ele tirou o time da 16º colocação do Campeonato Brasileiro e só não ganhou o título porque o Tricolor vacilou nas últimas rodadas – o Flamengo foi o campeão.

O trabalho, porém, agradou aos dirigentes, que decidiram por sua permanência para 2010. Ricardo Gomes pediu reforços e foi atendido. O problema é que o time até agora não se encontrou na temporada, e os dias de tranquilidade acabaram.

No dia em que completa 50 jogos à frente do São Paulo, o técnico precisa provar que é o comandante certo para o clube. A torcida não está mais satisfeita e promete protestar em caso de derrota para o Monterrey.

Porém, ele conta com o apoio irrestrito do presidente Juvenal Juvêncio. Na viagem ao México, o dirigente fez questão de manifestar ao treinador que aprova o crescimento apresentado pela equipe nos últimos jogos.

“O time está encorpando, consciente, correndo... Os resultados podem não vir, mas o time está agradando”, afirmou o dirigente, em Monterrey, em entrevista à Rádio Globo.

Juvenal defendeu ainda Ricardo Gomes das críticas que ele vem sofrendo pelas atuações abaixo do esperado do Tricolor. “Estamos contentes com ele, sua postura, sua seriedade, sua maneira de trabalhar.”

Em relação ao contrato do treinador, que acaba em julho, ele disse que “tratará da renovação no momento certo” e que isso independe da continuidade da equipe na Libertadores.

O treinador, porém, sabe que seu futuro no São Paulo depende da Libertadores. Tanto que, por ele, teria colocando um time misto para jogar o clássico contra o Corinthians.

Em Bragança Paulista, logo depois da derrota para o Bragantino, ele já afirmava que o importante era derrotar o Monterrey. Agora chegou o dia. (M.A.)