Mais do que a contratação de um jogador que é ídolo da torcida, o retorno de Cicinho representa o fim das improvisações na lateral direita, algo comum no clube desde que Muricy Ramalho era o treinador. Não era raro volantes serem utilizados na posição.

Cicinho, apresentado oficialmente ontem no CT da Barra Funda, veio para resolver o problema, mas pode acabar gerando outra “complicação”. Como seu contrato termina em 30 de junho - ou 20 de agosto caso a equipe chegue à final da Libertadores -, jogador e diretoria já pensam em sentar novamente com a Roma e discutir uma renovação de contrato.

Durante a entrevista coletiva, Cicinho deu claras demonstrações de que gostaria de permanecer mais tempo no Morumbi. Quando terminar seu empréstimo ele ainda terá mais dois anos de contrato com o clube italiano.

Pelo acordo, Cicinho receberá R$ 250 mil mensais, dos quais R$ 50 mil são pagos pela Roma. “Não voltei pelo dinheiro.”

Na sua estreia, quarta-feira contra o Monterrey, Cicinho atuou pouco mais de 15 minutos. Ontem, disse que apressou seu retorno porque estava ansioso. “Foi um prazer ter jogado.”

Ele chegou a São Paulo na quarta-feira de manhã, fez exames físicos no clube e foi aprovado pelo departamento médico para atuar à noite. “Tinha condições de jogar meia hora.”

Ricardo Gomes não anunciou se o novo reforço joga contra o Ituano amanhã pelo Paulistão, mas Cicinho se colocou à disposição do treinador e disse ainda que espera começar jogando.

Sobre sua forma física, reconheceu que ainda não está 100%. “Vou precisar de uma sequência de jogos.”

E pelo que falou ontem, o são-paulino deve esperar um novo Cicinho, um pouco diferente daquele de 2005. “Não corro com tanta empolgação. Antes eu corria 14, 15 quilômetros por jogo, mas hoje me poupo um pouco mais. Tenho mais experiência.”