A passagem pela Europa ensinou a Cicinho a importância de ter consciência defensiva. Conhecido por sua eficiência no ataque, o lateral direito avisa que pode ajudar agora o São Paulo se adaptar ao 4-4-2, já que também ajuda na marcação, mas admite que a evolução pode não ser suficiente para levá-lo novamente à seleção.

"Não é um recomeço. Tenho 29 anos e estou mais experiente. Não corro com tanta empolgação como antes. Eu começo a me poupar um pouco mais devido à experiência que adquiri. Sou um lateral direito. Quando passei aqui antes, atuava mais avançado, mas fui cobrado na Europa e aprendi muito na parte defensiva. Pretendo continuar dessa maneira", afirmou o atleta, que se dispõe a ajudar o técnico Ricardo Gomes em qualquer esquema tático.

"O Ricardo treinou vários times na Europa e sabe como é lá. Vou procurar jogar seja no 4-4-2 ou 3-5-2. Preciso de readaptação ao futebol brasileiro, que é muito rápido", analisou.

Cicinho está ciente de que sua grande chance de se destacar está mesmo no São Paulo, já que admite ainda estar distante da seleção brasileira. O atleta elogia as opções atuais do técnico Dunga: Maicon e Daniel Alves.

"Não posso falar que não tenho a seleção como objetivo. Um jogador trabalha para defender a pátria, mas minha principal meta é jogar pelo São Paulo e reassumir o posto de antes, quando era um lateral que todos queriam na seleção. O São Paulo vai me levar de volta para lá se eu jogar meu futebol. Mas o tempo é curto e o Dunga tem dois ótimos laterais", afirmou.

O novo lateral são-paulino fez parte do elenco canarinho na Copa do Mundo de 2006, mas acredita que as lesões atrapalharam sua sequência depois do torneio na Alemanha.

"Eu me machuquei depois da Copa passada e não fui mais chamado. O Brasil está bem servido. Se pintar a convocação, ficarei satisfeito, mas meu foco está aqui", concluiu.