Foi tudo muito rápido. Despedida na Itália, viagem para o Brasil, treino de manhã e jogo à noite. As últimas horas da vida do lateral-direito Cicinho foram de correria total.

Depois de pouco mais de quatro anos na Europa, atuou no Real Madrid- ESP e Roma-ITA, o jogador retornou ao São Paulo, onde foi campeão do Paulista, Libertadores e Mundial, em 2005.

E na última quarta-feira à noite, uma sensação que ele não sentia há muito tempo. O carinho da torcida tricolor. Desde o início do jogo contra o Monterrey, Cicinho teve seu nome gritado nas arquibancadas. Ele entrou no jogo aos 30 minutos do segundo tempo.

"É muito gratificante isso. Reencontrar esta torcida. Aqui é muito mais caloroso. Estou vivendo um sonho e ainda estou anestesiado. Agora é descansar e curtir com a família", disse o jogador, ainda no vestiário do Morumbi.

Com sua chegada, o técnico Ricardo Gomes passa a contar com um lateral-direito origem. Adrián Gonzalez e Wagner Diniz não foram inscritos na Libertadores. Jean, que é volante, estava sendo deslocado para aquele setor. O jogador ganhou até a camisa 2 da comissão técnica.

Já Cicinho ainda acha cedo pensar em titularidade. Recém-chegado ao "novo"clube, o lateral ainda espera pegar um ritmo maior de jogo para pensar em uma vaga no time.

"Vamos devagar. Tenho de pegar mais ritmo ainda. Não adianta ter pressa e se empolgar", completou o são-paulino.

Com a camisa do São Paulo, além dos três títulos, Cicinho disputou 127 partidas e marcou 21 gols. Após o jogo da última quarta-feira, Ricardo Gomes elogiou a disposição do atleta em jogar e o classificou como "inacreditável".