Hoje treinadores de São Paulo e Avaí , respectivamente, Ricardo Gomes e Silas já foram companheiros no campo. Os amigos, que se enfrentam neste sábado, às 18h30m, no Morumbi, pelo Brasileiro , jogaram juntos pela seleção brasileira . Foram campeões da Copa América de 1989 e disputaram o Mundial de 90. Mas também já se enfrentaram como atletas, promovendo até encontros fora do Brasil.



Gomes defendia o Benfica na mesma época em que Silas era jogador do Sporting, e a dupla duelava em terras portuguesas entre 88 e 90. No Brasil eles também foram adversários antes, com o ex-zagueiro defendendo o Fluminense e Silas com a camisa do São Paulo.



- Já nos encontrávamos antes. Ele fazia parte daquele grande time do São Paulo e me dava dor de cabeça por ser um excelente jogador. Hoje é um grande treinador. A época em que jogávamos juntos na seleção ficou mais marcada do que os confrontos - ressaltou Gomes.
O treinador são-paulino vê hoje o Avaí como um dos times mais ofensivos fora de casa, talvez por ser treinado por um ex-jogador que sabia o que fazer com a bola nos pés.


- O time do Avaí não tem características defensivas, vai pra cima, tem atacantes rápidos, bem armados, por isso conseguiu uma sequência de 11 jogos sem perder antes das duas últimas derrotas. Foi a melhor arrancada do campeonato e simboliza bem o trabalho do Silas - acrescentou o comandante do Tricolor Paulista.



Silas tem boas lembranças do convívio com Gomes na seleção brasileira e ressalta as qualidades do colega que se tornou um amigo.



- Era o nosso capitão na Copa América (de 89). Tinha um cabeceio excepcional, além de ser um líder. Quando você conquista uma Copa América e participa de uma Copa do Mundo junto, você lembra de cada jogador. A gente tinha uma amizade boa e mais ou menos a mesma idade. O sucesso dele não é espanto - lembrou, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.



Quando o assunto são os confrontos, Silas diz que Ricardo Gomes era um zagueiro difícil de ser batido e complicava demais para meias e atacantes.



- Ou passava a bola ou o jogador. Os dois não passavam - brincou.



Nos duelos em Portugal, recorda que a vantagem era sempre do Benfica, time do atual técnico são-paulino, mas conta vantagem sobre encontros entre São Paulo e Fluminense.





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Aspas

Ou passava a bola ou o jogador. Os dois não passavam. "

- Lá, ele ganhava de mim. O time dele era muito bom e o meu não estava bem. Eles empatavam no nosso campo e ganhavam no deles. Aqui, a gente foi campeão paulista com o São Paulo, em 85, e ele ganhou o Carioca com o Fluminense. Na época, tinha o confronto dos dois campeões. Fiz dois gols nas Laranjeiras e um no Pacaembu. Valia muito pela rivalidade, e o Telê (Santana) acabou me levando para a seleção - disse.



Silas encara os jogos contra ex-companheiros e amigos com naturalidade e afirma que a rivalidade dura apenas 90 minutos.



- Tive que enfrentar o René Simões, que é um grande amigo, joguei contra o Zico, no Japão, que é um cara que admiro muito. É aquele jogo que dá tristeza por enfrentar um grande amigo, mas vamos ser só adversários - comentou.