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Ídolo no Avaí, Marquinhos guarda mágoa de Cuca e do Tricolor

Formado na Ressacada e atualmente ídolo em seu retorno ao Avaí, Marquinhos goza de muito reconhecimento na equipe catarinense. Mas nem sempre foi assim. Neste sábado, o meio-campista voltará a pisar no gramado do Morumbi, cinco anos após uma passagem frustrada e uma saída conturbada do São Paulo, que deixou muita mágoa no jogador.

"Na hora em que mais precisei, eles (do São Paulo) não renovaram o meu contrato, não me deram confiança. Se não tivessem prometido nada para mim, eu não teria levado mágoa nenhuma do clube", afirmou o jogador à Gazeta Esportiva.Net, revelando alguns detalhes de sua passagem pelo Tricolor paulista.

"Comecei bem, sendo titular, joguei a Libertadores, mas depois houve uma queda de rendimento e não tive o auxílio da diretoria nem da comissão técnica. Muitas vezes eu tinha a função de entrar no lugar em que até o Ricardinho teve problemas, que era a camisa 10 do São Paulo, e então falaram que eu não servia, que não jogava bem", desabafou.

Contratado por empréstimo junto ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, no começo de 2004, Marquinhos chegou ao Morumbi como uma das soluções para o meio-campo são-paulino. Com contrato curto, de apenas seis meses, a prioridade do jogador era disputar apenas a Copa Libertadores.

Ao ver que não teria mais espaço no Tricolor e com o contrato prestes a expirar, o meio-campista acertou um contrato de um ano e meio com o Coritiba, clube pelo qual disputaria a sequência do Campeonato Brasileiro. Já certo com o Coxa, Marquinhos seguiu para um jogo-treino coletivo pelo São Paulo, no qual teve atuação destacada e anotou três gols na goleada por 6 a 1 sobre os juniores.

"Então, eu fui para a musculação e por curiosidade fui ver a lista de relacionados para o jogo contra o Grêmio, no final de semana. E eu estava nela. Na hora em que eu li, fui conversar com o Cuca, e disse que não iria me concentrar e não iria jogar", relatou.

"Então ele me disse 'você precisa jogar, você é o cara, você é o melhor meia que eu tenho no elenco'. E eu não queria, falei que iria para o Coritiba e não iria me concentrar", contou Marquinhos, que mostrou revolta com a decisão do então técnico tricolor, e chegou no dia seguinte convencido a não se concentrar. "Estava decidido a não jogar quando todo mundo começou a falar pra mim: 'você é o cara, vai lá, concentra com o grupo, arrebenta'. Veio o Rogério Ceni, o Grafite, todo mundo falou para eu concentrar".

Além dos jogadores, a diretoria também convenceu o atleta a entrar em campo, mas com outros argumentos. "Até me falaram que, se eu não jogasse, seria abandono de emprego, porque eu estava relacionado para pegar o Grêmio. Perguntei para o Juan Figer (empresário) se isso podia acontecer e ele me confirmou que, a menos que eu estivesse machucado, tinha que jogar", disse Marquinhos, que rechaçou completamente a possibilidade de fingir uma lesão.

Convencido, e com a esperança de talvez ter o contrato ampliado, o meio-campista entrou em campo contra o Grêmio, estourando assim o número de jogos no Campeonato Brasileiro e impedindo sua transferência para o Coxa. Após a vitória sobre o clube gaúcho, Marquinhos ganhou também a vaga de titular na segunda semifinal da Libertadores, palco de mais uma frustração com a camisa tricolor. "No jogo seguinte, contra o Once Caldas, o Cuca me tirou com 28 minutos do primeiro tempo, assim que nós empatamos. Eu queria jogar", reclamou Marquinhos.

Sem mais a chance de acertar com outros clubes da Série A, o armador foi devolvido ao Bayer Leverkusen, passando quase um semestre sem entrar em campo. "Eu tive caráter - coisa que faltou para outras pessoas - para não fingir que estava machucado e entrar em campo pelo São Paulo", esbravejou. "Logo depois, meu contrato acabou e eu fiquei meio esquecido, mas no ano seguinte finalmente acertei com o Coritiba. Saí do São Paulo pela mesma porta que entrei, pela porta da frente", concluiu Marquinhos.

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