O atacante Pedrinho está afastado no São Paulo por pedido próprio desde o dia 3 de março, depois de ter sido acusado de agressão pela sua ex-namorada Amanda Nunes. O UOL teve acesso ao inquérito policial e, em conversas anexadas como provas, o jogador ameaça matar Amanda em três ocasiões.
O jogador ofende repetidamente a então namorada com termos como "puta" e "vadia", ameaça matá-la e agredi-la e chega a dizer que ela "merece o que fiz com você". Essas mensagens fazem parte do histórico de conversas entre Pedrinho e Amanda que foi anexado na investigação.
Amanda registrou BO contra Pedrinho no dia 28 de fevereiro, afirmando que o jogador a agrediu no dia 27 com socos, tapas, puxões de cabelos e ameaçou matá-la. Ela realizou exames no Instituto Médico Legal, e o laudo integra o processo.
Pedrinho nega as acusações e diz ser ele a vítima das agressões. O jogador apresenta um laudo feito pelo departamento médico do São Paulo depois da data do BO. O documento aponta escoriações e uma fratura na mão.
Tanto Amanda como Pedrinho têm, atualmente, medidas protetivas em vigor. Essas medidas impedem que a outra parte se aproxime ou tente manter contato. Ambos também estão proibidos de falar publicamente sobre o conteúdo das investigações.
Procurada para falar sobre as ameaças de morte presentes nesta reportagem, a defesa de Pedrinho diz que "Pedro não agrediu ninguém e sim foi agredido. O processo corre em segredo de justiça e a defesa dele respeita essa ordem judicial. Há medida protetiva a seu favor de distanciamento, qualquer tipo de contato e vedação de divulgação dos fatos que ainda estão em investigação".
Os advogados de Amanda Nunes afirmam que não irão se manifestar sobre o processo, já que ele tramita em sigilo.
O São Paulo também afirmou que não comentará o caso.
Em uma conversa por Instagram anexada ao processo, Pedrinho se irrita porque Amanda entrou em contato com a sua mãe, e o tom fica violento.
"Se vai me dar preju, ok, mas se ta ferrada (sic). Eu acabo com minha vida, mas acabo com a sua antes", diz o jogador à mulher.
Amanda responde: "Minha mãe já ficou nervosa diversas vezes".
Pedrinho então diz: "Eu vou matar você. Sua puta. Eu acabo com você".
A conversa não é datada. Na foto de perfil, Pedrinho ainda aparece com a camisa do América-MG, que defendeu no ano passado.
Em outra conversa, também pelo Instagram, o jogador cobra de Amanda a devolução de um celular dado a ela por ele durante o relacionamento, e ameaça o pai dela. "Se só tem que fazer uma coisa (sic). Devolve o celular se não tu morre. Carro do seu pai some, ou ele some. Ou você".
Em outros diálogos anexados à investigação, Pedrinho parece fazer referência a episódios anteriores de violência. Em um deles, escreve: "Aí toma um pau e quer chorar, ir na delegacia. Ninguém que a FDP me usa".
Em outro, via WhatsApp, ameaça agredir um homem que teria se aproximado de Amanda e diz: "Ele vai tomar um pau, é talarico. Vou pegar ele ainda. Você eu já dei um pau, quase matei".
Pedrinho acusa Amanda de ser autora das agressões, e uma das provas que apresenta é um laudo fornecido pelo São Paulo. O jogador se consultou no dia 28 de fevereiro com o médico José Sanchez, do departamento de futebol são-paulino. O laudo aponta escoriações na região cervical, sinais de uma mordida na perna e uma fratura no quinto metacarpo da mão direita.
No registro da ocorrência, a própria Amanda narrou à polícia ter mordido a perna de Pedrinho ao se defender. A fratura de quinto metacarpo é chamada na medicina esportiva de fratura do boxer ou fratura do boxeador, por acometer com frequência pugilistas.
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