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Rogério Ceni peca de novo ao tomar protagonismo dos jogadores

Alguém que acompanha Liverpool e Real Madrid, finalistas da Liga dos Campeões, consegue imaginar Jürgen Klopp ou Carlo Ancelotti fazendo três substituições, sem necessidade por lesões, na volta do intervalo depois de ver seu time cumprir grande atuação e abrir vantagem no primeiro tempo de um clássico na casa do adversário?



Difícil, pois são treinadores que têm visão tática, mas também a noção do todo, especialmente da alma do jogador. Alguém imagina como ficaram Igor Vinicius, Reinaldo e Luciano ao serem tirados de um clássico após 45 minutos em que jogaram bem, o time amassou o rival, finalizou 11 vezes, transformou Cássio no melhor em campo e ainda abriu o placar com Calleri?


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O São Paulo teve tudo para quebrar a escrita do Majestoso na Neo Química Arena. Inclusive a última grande oportunidade, com Igor Gomes. Mas o treinador Rogério Ceni novamente pecou na carreira ao querer tomar o protagonismo dos jogadores.

Ao notar que Vitor Pereira desmontara o sistema com três zagueiros do Corinthians trocando Gil por Adson, o comandante são-paulino tentou se antecipar, para mostrar a todos que não seria surpreendido pelo oponente. Entraram Rafinha, Patrick e Eder.

Não seria possível uma adaptação com a mesma formação? Talvez avançando Reinaldo para a segunda linha, abrindo Alisson à direita e repaginando a equipe num 4-4-2, com Igor Vinicius e Leo como laterais? Não mudaria tanto a concepção e se defenderia bem contra um ataque com dois pontas.

Não funcionou tão bem e piorou com a troca de Rodrigo Nestor, então o melhor são-paulino em campo, por Gabriel Neves. Para proteger a retaguarda que ele havia mexido na estrutura. Pagou com o empate no gol de Adson que tirou a possibilidade do tricolor conseguir uma vitória histórica e ainda tomar do rival a liderança do Brasileiro.

Na coletiva pós-jogo, afirmou que o São Paulo terá que ir ao mercado, mas não precisa de jogadores renomados, apenas com alma e vontade. Até porque o protagonismo tem que ser dele, treinador. Campeão brasileiro no Flamengo insistindo com um jogo mais posicional, mesmo quando as melhores atuações do time, na reta final do campeonato, tenham sido com menos tempo para treinar e mais liberdade para os jogadores criativos e decisivos.

Uma pena, pois é um profissional que tem tudo para ser o melhor brasileiro na função. Mas continua faltando um pouco de humildade, inclusive por não admitir o equívoco depois da partida, e sensibilidade. Igor Vinicius, Reinaldo e Luciano devem ter ido para suas casas atônitos e nem um pouco felizes.



Dificilmente veremos um "arroubo" como esse de qualquer treinador no próximo sábado, em Paris.

Rogério Ceni, protagonismo, jogadores

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