Veja alguns jogadores brasileiros que fugiram da Ucrânia e podem reforçar times do Campeonato Brasileiro:
Marlon Santos – Shakhtar Donetsk
Formado em Xerém, cidade do Rio de Janeiro que abriga o centro de formação de atletas do Fluminense, Marlon Santos foi o porta-voz do grupo na busca por fugir da Ucrânia. O zagueiro de 26 anos chegou recentemente ao Shakhtar após bons anos no Sassuolo, da Itália, e pode ser um negócio difícil para os brasileiros.
Com passagem pelo Barcelona entre 2016 e 2017, o defensor se firmou após passar pela Espanha e é um jogador de prestígio no elenco do clube ucraniano. O contrato que vai até 2026 é o maior empecilho para as negociações.
Vitão – Shakhtar Donetsk
Lapidado no Palmeiras desde a categoria sub-15, o zagueiro Vitão foi ao Shakhtar Donetsk há três temporadas. Ainda jovem, completou 36 partidas pelo time ucraniano e não recebe chances com frequência. Aos 22 anos, tem vínculo contratual com a equipe do leste europeu até 2024. Por não ser um atleta imprescindível no elenco, pode ser negociado por empréstimo e retornar ao Brasil.
Pedrinho – Shakhtar Donetsk
Contratado pelo clube ucraniano no início desta temporada, por 18 milhões de euros (110 milhões de reais na cotação de 7 de junho de 2021), Pedrinho vivia o seu melhor momento desde a chegada a Europa. Após passagem sem brilho pelo Benfica, o atacante revelado pelo Corinthians já tinha quatro gols marcados e duas assistências em 19 partidas disputadas.
Com 23 anos e vínculo até 2025, uma possível cessão por empréstimo é tido quase como impossível. Nesta temporada, teve o nome especulado para uma transferência ao Sevilla por indicação do diretor Ramón Rodríguez Verdejo, conhecido como Monchi. Segundo Will Dantas, agente do jogador, uma pessoa ligada ao Botafogo o procurou para entender a situação no retorno ao Brasil.
Ismaily – Shakhtar Donetsk
Extremamente identificado com a Ucrânia, onde atua desde a temporada 2012/13, o lateral esquerdo Ismaily é um nome que pode jogar no Brasil. Sul-mato-grossense, o jogador não teve passagens de destaque pelo futebol brasileiro. Com 32 anos, encerra o vínculo com o Shakhtar em 2023 e pode voltar ao país de origem com mais prestígio.
Maycon – Shakhtar Donetsk
Volante com bom passe, movimentação e chegada ao ataque, Maycon é objeto de desejo de grande parte dos clubes do futebol brasileiro. Experiente nas categorias de base da seleção brasileira, foi revelado pelo Corinthians e completa o terceiro ano no leste europeu. O contrato longo, contudo, pesa contra.
Tetê – Shakhtar Donetsk
Destaque do Shakhtar há pelo menos uma temporada, o atacante Tetê se encaixaria em todos os clubes do Brasileirão. Jovem, de 23 anos, marcou 10 gols nesta temporada, o que já causou interesse de Real Madrid e Bayern de Munique. O Grêmio, clube formador do atleta, já declarou que o observa.
Alan Patrick – Shakhtar Donetsk
Revelado pelo Santos e ex-companheiro de Neymar e Paulo Henrique Ganso nos tempos de baixada, o meia Alan Patrick tem longa história no Shakhtar, incluindo uma passagem por empréstimo pelo Brasil, entre 2013 e 2016, quando vestiu as camisas de Internacional e Flamengo. Destaque da equipe em muitas ocasiões, é titular com frequência e tem mais três anos de contrato. Por ter 30 anos, pode enxergar o Brasil como o local ideia para a reta final de carreira.
David Neres – Shakhtar Donetsk
Quando deixou o São Paulo em 2016, vendido ao Ajax, o habilidoso David Neres chegou a ser cobiçado por gigantes europeus durante boas temporadas no clube holandês. O atacante, porém, perdeu espaço e fechou com o Shakhtar na última janela de transferências por 85 milhões de reais. Ainda não atuou oficialmente pelo clube ucraniano e foi consultado pelo clube que o formou, mas um vínculo até 2026 e o alto salário é um entrave.
Vitinho – Dínamo de Kiev
Recém-negociado com o Dínamo de Kiev, o atacante Vitinho é outro jovem que pode retornar ao Brasil. Formado no Athletico, o jogador de 22 anos está no futebol ucraniano há 13 jogos, onde marcou três gols. Sondado pelo furacão, também é alvo de mais clubes do Brasil.
Busanello – Dnipro
Gabriel Busanello, cria da Chapecoense, é um lateral esquerdo de 23 anos e também sofreu os impactos da guerra. Emprestado recentemente ao Dnipro, o atleta sequer estreou pelo clube europeu. Contratado do time catarinense até 2023, encerra o vínculo com o clube ucraniano no final deste ano, mas a guerra pode ter mudado os planos do atleta.
Especialista em ações na Fifa, o advogado Eduardo Carlezzo aponta que só a paralisação do campeonato não garante uma rescisão de contrato. Isso pode ocorrer se os atletas ficarem longo tempo sem poder atuar.
Há a possibilidade de uma espécie de acordo que interrompa a guerra e permita que os jogadores voltem à Ucrânia e para suas casas. Mas, se isso não ocorrer, serão os tribunais disciplinares da Fifa e o CAS que terão decidir os direitos dos atletas e dos clubes.
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