PVC: federações articuladas para a sucessão de Teixeira. Os Clubes, Necas!
Federações vão à Assembleia com planos A, B e C
por Paulo Vinicius Coelho
O presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto, diz que os rebeldes contra a posse de José Maria Marin, em caso de afastamento de Ricardo Teixeira, vão à Assembleia Extraordinária da CBF, hoje à tarde, com todos os planos definidos. Estudou-se o que fazer em caso de renúncia, de licença médica e de permanência do presidente da CBF. Noveletto, diferente do presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero, é dos que menos acreditam na permanência de Ricardo Teixeira por longo período.
"Nós temos plano A, B e C", disse Noveletto.
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A ideia das federações do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, líderes do movimento contra a posse de Marin, é que se convoque novas eleições imediatamente, isso se Ricardo Teixeira deixar o cargo: "Acho que não vai haver afastamento nenhum, não", disse ontem a este blog o presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero, um dos poucos que têm conseguido conversar com Teixeira.
A aliança entre cariocas e gaúchos exigirá eleição imediata, em caso de renúncia de Teixeira. Isso não significa aliança para disputar essas hipotéticas novas eleições. Questionado se o candidato natural seria Rubens Lopes, presidente da Federação do Estado do Rio, Noveletto afirmou:
"Não necessariamente. Você sabe que há grande rejeição contra o Rio e São Paulo. Eu estava preparado para ser o candidato à presidência em 2015, mas se for necessário, posso ser candidato agora, também."
As federações dão demonstrações diárias de que estão articuladas. Os clubes, necas!
Ontem à noite, o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, admitiu à rádio Estadão ESPN que não tem ideia do que está acontecendo nem do que vai acontecer, a não ser pelo noticiário dos jornais: "Não exerço papel de liderança entre os clubes hoje em dia."
Há duas semanas, quando começou o imbróglio, Kalil disse que a hipótese de renúncia exigiria reunião em caráter de urgência do Clube dos 13. Até agora, nenhum clube sinalizou com uma estratégia para ter o poder na CBF. As federações dizem ter planos A, B e C.