Amigo são-paulino, leitor do spfc.net, mais uma vez o São Paulo decepcionou em pleno Morumbi. A derrota para o Vasco pode ser taxada de inadmissível, pois não havia um desfalque que pudéssemos responsabilizar e usar como desculpa. Não me parece que Juan ou Casemiro poderiam ser decisivos, e Luis Fabiano, bem, esse continua sendo operado dia a pós dia e não sabemos quando vai estrear. O que quer dizer que o que temos é isso que está aí.
Falar que o time se perdeu depois que o Xandão saiu é demais para a minha cabeça. Mas parece ser a pura verdade. Fui contra a escalação inicial de Adilson Batista, colocando Luis Eduardo como lateral esquerdo. Sua explicação era um poder maior de marcação a Eder Luis, única força de ataque do Vasco.
Ele estava certo. O São Paulo fez 15 minutos primorosos, dando a impressão que iria golear o Vasco. Depois foi diminuindo o ritmo, o jogo ficando equilibrado, até que veio a contusão de Xandão e a entrada de Henrique Miranda.
Eu entendia que a defesa seria a que eu gostaria de ver jogando, com Piris, Rhodolfo, Luis Eduardo e Henrique Miranda. Mas Luis Eduardo e Miranda provaram que ainda não estão maduros e sentiram a responsabilidade.
O Vasco começou a explorar esse lado do campo e criar perigo para o gol de Rogério Ceni. Até que, no segundo tempo, num contra-ataque, o gol saiu com Eder Luis exatamente no espaço entre Luis Eduardo e Henrique Miranda.
É bom salientar que no primeiro tempo houve um pênalti absurdo sobre Dagoberto não marcado pelo árbitro. Parece coisa arranjada contra o São Paulo. Isso poderia ter mudado a estória do jogo. Poderia.
Não gostei do posicionamento de Wellington. Como primeiro volante, era um carrapato e fazia crescer a marcação de meio-campo do São Paulo. Como segundo volante acha que é meia e, algumas vezes, atacante. E não tem habilidade para isso.
Já Jean, bem, esse parece ser um caso perdido. Não funcionou como volante, não dando segurança à zaga, e como lateral, após a saída de Piris, foi pífio.
Adilson Batista até tentou amontoar de jogadores de ataque quando perdia por 1 a 0. Vou tentar entender a substituição de Piris por Marlos como questão de condicionamento físico. Marlos deveria entrar, sim, mas no lugar de Jean, não de Piris.
A entrada de Fernandinho já foi mais no desespero. Tirando Rivaldo que não foi bem e estava cansado, Adilson tentou usar todos os atacantes que tinha. Mas o Vasco congestionou a defesa e acabou por ter maior posse de bola, até o segundo gol, aos 44 minutos, que selou a sorte do jogo.
É o segundo jogo que o São Paulo faz no Morumbi sob comando de Adilson Batista e, dos seis pontos disputados, conquistou apenas um. É bom conseguir uma recuperação na quinta-feira, também no Morumbi contra o Bahia. Do contrário, as cornetas que já estão soando vão aumentar nas alamedas tricolores.