Vejam o que disse Paulo Vinícius Coelho sobre a crise no SPFC:

É possível retomar a paz. O problema é que na semana passada a diretoria do São Paulo estava nesse time (que achava que isso não era possível). O Leco chegou a dizer que achava muito difícil que os dois voltassem a conviver. É possível que voltem a conviver.

Juvenal não disse que o SPFC iria demitir o Carpegiani. Tratou da situação delicada da eliminação, das declarações do Rivaldo, mas na 6ª feira ele dissse que “hoje eu não sei o que vai acontecer”. Foi a única coisa que ele disse de concreto na 6ª feira.

A minha impressão é que ele não quis ficar, dessa vez, restrito a um mercado de treinadores que não dá pra ele uma grande opção, como aconteceu no ano passado, quando fez uma experiência com o Sérgio Baresi, que durou mais tmepo do que a torcida esperava, e ficou com dificuldades para contratar um técnico, quando optou pelo Carpegiani.

O fato é que não é só a crise Rivaldo e Carpeigani que precisa ser tratada nesse momento.

É preciso tratar da crise que envolve também parte do elenco que percebeu um treinador muito mais inseguro e ansioso.

Essa insegurança ficou latente em Florianópolis quando ele desiste de colocar o Wellington em campo depois de tirar todos os jogadores do banco do aquecimento.

E isso é que precisa ser tratado. Daqui até o campeonato brasileiro não tem mais reta de chegada. Tem uma campanha de longo prazo pra fazer. E é possível que essa campanha seja bem sucedida com Carpegiani e com Rivaldo dando um remédio paulatino para essa crise.

O que me parece mais importante é conseguir equacionar o trabalho do Carpegiani e, claro, vai ficar uma cicatriz, que precisará ser tratada durante o campeonato brasileiro.

fonte: rádio Estadão ESPN

COMENTÁRIO:

Como sempre, PVC faz uma excelente análise do episódio da crise são-paulina.

A primeira questão relevante mencionada pelo comentarista é sobre a posição da diretoria, e principalmente de Juvenal sobre Carpegiani. O presidente são-paulino reconheceu a situação delicada da equipe, mas jamais falou em demissão.

A imprensa, contando com informações de bastidores, deu como certa a queda do treinador E de fato, tudo apontava nesse sentido (aqui vale destacar que Birner e PVC informaram que o presidente são-paulino ainda não estava decidido sobre a demissão de Carpegiani).

Mas como a demissão não aconteceu, criou-se essa imagem de bagunça, como se a Diretoria estivesse perdida, como se tivesse decidido uma coisa e depois desistido. Mas esse não é o caso.

Oras, se o presidente não falou em demissão, qual o problema em manter Carpegiani?

Criticar a decisão de Juvenal é fácil. Mas é preciso entender que não se trata de uma decisão simples.

O que aconteceu é que de fato o treinador ficou na corda bamba. E Juvenal, de fato, tentou contratar um novo técnico, que era a saída ideal. Mas como isso não foi possível, teve de se contentar com a permanência de Carpegiani.

Ah, Navarro, então você gostou da permanência do Carpegiani?

Não, não gostei. Acredito que quando um treinador não tem mais o respeito do elenco, não é possível mantê-lo na equipe. Mas reconheço que não foi uma decisão simples, passível de críticas simplistas.

Ok, demite o treinador. E depois? Faz o que? Coloca Baresi de novo para comandar a equipe, para daqui a 2 semanas o time ficar ainda pior e dizerem que era melhor ter mantido Carpegiani? Ou contrata um técnico meia boca, para demitir daqui a 6 meses? Não é isso que Juvenal quer. Ele quer um treinador que chegue para ficar.

Sim, o ambiente não é dos melhores. Como bem disse PVC, o problema não é só com Rivaldo. O elenco já percebeu que Carpegiani é inseguro e isso afeta seu poder de comandar a equipe. Mas PVC entende que é possível contornar o problema e ter sucesso com Carpegiani no campeonato Brasileiro. Espero que ele esteja correto. Mas torço para que, assim que algum nome de nível aparecer no mercado, o clube troque de treinador.

Fonte : Blog do Navarro ...