Ainda deve durar mais 50 dias, aproximadamente, a negociação para viabilizar a cobertura do Morumbi e a criação da Arena 25, projeto do clube para ter a mais moderna arena multi-uso de São Paulo. O clube ainda prefere guardar sigilo sobre o nome do parceiro. Não se trata da Sony, como chegou a ser noticiado.

O São Paulo já concluiu 40% das obras do projeto inicialmente aprovado para as oitavas-de-final da Copa do Mundo, com dinheiro de cinco parceiros — Nestlé, Volkswagen, Visa, Bradesco e Tim. Essa obra estará pronta até dezembro de 2012.

A cobertura é um projeto à parte, que, imagina-se, deve ser assinado até o meio de junho. A Arena 25 é um projeto que depende da cobertura. Trata-se de uma cobertura mais extensa atrás de um dos gols do Morumbi. Com uma parede provisória atrás desse gol, o estádio de futebol ficará protegido para shows para até 25 mil espectadores, a capacidade desse setor. Daí o nome de Arena 25 — 25 mil espectadores.

fonte: Paulo Vinícius Coelho, ESPN

Dica do Rafael Werneck

COMENTÁRIO:

Pelo visto o acordo para a cobertura do Morumbi não será anunciado agora, como se imaginava – o que nao quer dizer que as negociações não estejam avançadas (e de fato estão).

A questão é que esse tipo de acordo precisa ser muito bem feito – até para evitar discussões pós-assinatura do contrato, como hoje ocorre no Palmeiras.

Em reportagem da Folha SP, Juvenal afirmou que está negociando com duas empresas, uma japonesa e outra coreana. Com a notícia da revista VEJA de que a Sony estava interessada, imaginou-se que essa seria a empresa com que o SPFC negocia, o que, pelo visto não procede. A informação que o blog possui confirma a notícia dada por Paulo Pontes, da JP, de que a empresa seria de fato a Telefonica.

De qualquer forma, mais importante do que a empresa é o acordo em si. Se o clube conseguir viabilizar a cobertura do estádio cedendo apenas o naming right da arena para shows e um camarote (como informou o Lance), já será fantástico. O clube não gastará nada e ainda vai potencializar a geração de receitas do estádio.

Como a cobertura leva apenas 18 meses para ser construída, não há motivo para pressa, até porque o estádio dificilmente será utilizada na Copa do Mundo ou na Copa das Confederações.

Quanto às demais etapas da reforma, o clube mostrou muita competência: mesmo sem os benefícios da Copa, conseguir concluir 40% do projeto aprovado para as oitavas de final, é um feito notável.

Pode-se inferir que o clube empregou, até agora, cerca de R$ 50 milhões na obra (o projeto total custava R$ 250 milhões, sendo R$ 130 mi para a cobertura, e R$ 120 mi para o restante). E o melhor: utilizando apenas os recursos das empresas parceiras do clube.

Agora, acredito, faltaria apenas viabilizar os recursos para o prédio anexo (orçado em R$ 30 milhões) e para o painel eletrônico ao redor do anel intermediário (que custa cerca de R$ 10 milhões). Uma das estratégias para tanto consiste na construção de 100 suítes no Morumbi, semelhante ao projeto do Inter do Beira-Rio.

Enfim, ao que tudo indica, o São Paulo conseguirá viabilizar em pouco tempo as 3 etapas de modernização do Cícero Pompeu de Toledo: a reforma interna em 2012, a cobertura em 2013 e as obras de mobilidade urbana no médio prazo. E tudo isso, sem a Copa do Mundo
fonte:http://blogdonavarro.com/