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Sem opções no mercado, Juvenal banca Leão


O São Paulo foi eliminado pelo Coritiba na semifinal da Copa do Brasil, mas o técnico Emerson Leão continua no comando da equipe. Quem garante é o presidente do Tricolor, Juvenal Juvêncio. Garante, mas sem muita convicção. Isso porque, apesar da confirmação do técnico no cargo, Juvenal deixou evidente suas reservas quanto ao desempenho do funcionário. “O Leão permanece, tem feito um trabalho razoável. É um trabalho suficiente para mantê-lo”, afirmou.

Juvenal até tentou abrandar o tom conformista, desvinculando a permanência de Leão da falta de opções de técnicos de alto nível disponíveis para contratação. “O mercado está muito carente, não é? Mas não é por isso que o Leão permanece. Como eu disse, o trabalho é razoável. Esta palavra pode não parecer a correta, mas é mais positiva do que negativa”, afirmou o dirigente são-paulino.

Leão foi contratado em outubro do ano passado para o lugar de Adilson Batista. Desde sua chegada, esta foi a segunda eliminação do time em fases decisivas. No Paulistão deste ano, o Tricolor também caiu na semifinal frente ao Santos.

“O time é vencedor. Sei que é impossível dizer à torcida que tenha paciência e controle suas emoções, mas é um time formado em 2012. É preciso um pouco mais de tempo para as peças poderem se ajustar”, justificou Juvenal.

Sem conquistar títulos desde 2008 — o último foi o Brasileiro daquele ano —, o Tricolor passou por uma ampla reformulação desde a última temporada. Além da contratação de Leão, 12 atletas foram dispensados ou emprestados. Agora, o cartola acredita que é apenas uma questão de tempo até o São Paulo voltar a ser bem-sucedidos nas competições. “É difícil falar de futebol dizendo: ‘se não for campeão, não funciona’. Não é verdade. Trocamos 90% da equipe. O problema realmente não era técnico e agora o elenco é competente. Eu sei que é complicado o torcedor acreditar em alguma coisa neste momento, mas não tenho dúvida de que estamos perto de alguma conquista.”

Proteção/ Nesta quinta-feira à tarde, o São Paulo desembarcou no Aeroporto de Congonhas sob um forte esquema de segurança. Poucos jogadores pararam para falar com a imprensa. Apesar do reforço na escolta, não havia torcedores protestando no local. “Sei que é um momento difícil, que terá muita coisa negativa e não reclamo porque faz parte do processo. Em um processo, você entra nele ou fica em casa assistindo à novela”, completou Juvenal.

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