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Com Leão balançando, Tricolor volta ao palco da última queda de técnico

Estádio Serra Dourada, 16 de outubro de 2011. Atlético-GO e São Paulo entraram em campo pelo Campeonato Brasileiro. O Tricolor, na época comandado por Adilson Batista, necessitava da vitória para manter vivo o sonho de brigar por uma vaga na Libertadores e enfrentava um adversário que fazia ótima campanha no segundo turno e que, aos poucos, começava a deixar a zona de rebaixamento para trás.

As presenças de Lucas, Dagoberto e Luis Fabiano não foram suficientes para a equipe do Morumbi, que perdeu por 3 a 0 e ainda viu seu técnico ser demitido no vestiário. A crise se instalou de vez no Tricolor, que pensou primeiro em efetivar o auxiliar Milton Cruz como interino até o final do ano. Logo percebeu que não seria possível, tamanha a falta de comprometimento do elenco. Foi então que Emerson Leão, de maneira surpreendente, acabou contratado.

O tempo passou, Leão teve seu contrato renovado por mais um ano, mas enfrenta agora o seu período mais difícil desde que reassumiu o São Paulo. Nem tanto pelos resultados, já que seu aproveitamento beira os 75%, mas devido à sua complicada relação com a diretoria. Não é segredo que ele tem divergências com o diretor de futebol, Adalberto Baptista, e com o vice de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.

Ultimamente, as partes tem trocado farpas pela imprensa. Leão reclama da falta de reforços, enquanto os dirigentes contestam o padrão tático do time e, inclusive, chegaram a acusá-lo de estar tumultuando o ambiente para forçar uma saída devido a um problema financeiro, o que já foi desmentido pelo treinador.

Uma coisa é praticamente certa. Se o São Paulo for eliminado pelo Goiás da Copa do Brasil, Leão não deverá seguir no comando da equipe. Pessoas ligadas à diretoria defendem até que haja uma troca no comando em caso de vitória e classificação. Como o próximo jogo pela semifinal, contra Vitória ou Coritiba, ocorrerá apenas dentro de três semanas, um novo treinador teria tempo suficiente para implantar sua filosofia de trabalho e corrigir as deficiências que vem sendo mostradas.

A diretoria, de maneira oficial e como seria esperado, já manifestou seu apoio a Leão.

– Não estamos pensando em nenhuma mudança, independentemente do resultado do Serra Dourada – afirmou João Paulo de Jesus Lopes.
O treinador, por sua vez, diz que precisa se adaptar a realidade do futebol brasileiro e que mesmo sem se sentir prestigiado, não vai mudar sua maneira de trabalhar.

– Eu acho que quando um grupo de trabalho não está fechado com um clube que é superior, tem coisa errada. Nós fazemos parte de uma equipe. Às vezes não gosto de alguns também, é normal. Eu me exponho, falo a verdade sempre e não preciso estar em penumbra nenhuma. Para resolver, o melhor é o diálogo, e por isso há várias salas nesse CT. Nada me segura aqui, a não ser a vontade do São Paulo. O São Paulo não precisa me pagar nada de multa, nem eu para ele – ressaltou o treinador, em sua última entrevista coletiva.

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