“Quando se está nessa situação, ganhando e jogando como vínhamos jogando, é hora de sermos cascudos.” Desta forma, Luis Fabiano cobrou mudança de postura após a derrota para o Botafogo no domingo, pelo Brasileiro. E as palavras do capitão foram ouvidas e assimiladas por dois de seus melhores amigos no elenco, que prometem nova atitude nesta quarta-feira, contra o Goiás, pela Copa do Brasil.

“O time mais cascudo sabe a hora certa de segurar o jogo, ser experiente. Estávamos com o resultado na mão diante do Botafogo por duas vezes e deixamos escapar. Precisamos sim ser mais cascudos”, concordou Lucas, ciente do recado do centroavante de que a virada sofrida no Engenhão foi inadmissível.



“Ser cascudo é saber jogar com o resultado. Tenho certeza de que ele vai pedir isso contra o Goiás. Fizemos um placar no Morumbi e temos de jogar com atenção para não sermos surpreendidos lá também”, afirmou Casemiro, lembrando que o time venceu o Goiás por 2 a 0 no primeiro jogo do confronto pelas quartas de final da Copa do Brasil.

“Cascudo” era o termo que Emerson Leão gostava de usar para definir o São Paulo que montou em sua primeira passagem pelo clube. O ex-goleiro assumiu a equipe em 2004 e armou um time brigador, valente, que tinha como símbolo o volante Renan. O resultado foi a classificação para a Libertadores do ano seguinte, vencida pelo Tricolor, além do título paulista de 2005 - a mesma base ainda garantiu o título mundial.

Agora, o time é mais ofensivo, mas busca experiência para evitar problemas. O São Paulo já atuará com vantagem a ser administrada no Serra Dourada. Só não chegará às semifinais da Copa do Brasil caso perca por mais de dois gols de diferença ou seja derrotado por 2 a 0 e fracasse na decisão por pênaltis.