Há duas semanas, o São Paulo estava desclassificado do Paulistão Chevrolet. Porém, apesar da eliminação no Estadual, a derrota para o Peixe marcava apenas o segundo revés de Emerson Leão comandando o Tricolor no Estádio do Morumbi, somando suas duas passagens pelo clube.

Claro que, em uma semifinal de Campeonato Paulista e com apenas uma partida a ser disputada, o gosto de perder em casa é extremamente amargo. Muito menos amargo do que a primeira vez em que o técnico são-paulino foi derrotado no Cícero Pompeu de Toledo.

Em 2005, na penúltima rodada do Paulista, o Tricolor, já campeão, recebeu a Ponte Preta para uma espécie de jogo festivo, pois a equipe daria, enfim, a volta olímpica diante de sua torcida (o São Paulo conquistou o título na rodada anterior, jogando em Mogi Mirim).

E apesar de cercados por todo o clima festivo, os comandados de Leão foram derrotados pela Macaca, pelo placar de 2 a 1. Luizão marcou o gol são-paulino e Roger, duas vezes, anotou os tentos da equipe campineira. Exatamente o mesmo Roger que, na última semana, deu a vitória à Ponte na partida de ida da Copa do Brasil, no Moisés Lucarelli.

Diferentemente de sete anos atrás, o clima para o confronto de volta, nesta quinta, no Morumbi, não é nada festivo. O Sampa vem de duas derrotas consecutivas e o elenco está visivelmente abalado, fruto da decisão da diretoria pelo afastamento do zagueiro Paulo Miranda, ainda na concentração que precedeu o duelo em Campinas.

Muito provavelmente, a permanência ou não de Leão no São Paulo passa pelo duelo desta quinta. E é justamente com a Ponte, adversária de lembranças nem tão animadoras em sua casa, com quem o Tricolor deve ter preocupação dobrada, dessa vez sem festa.