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Lembra dele? Campeão mundial pelo São Paulo é técnico finalista na PB

Ele era reserva, mas entrou em campo em muitos jogos importantes daquele São Paulo montado pelo “mestre” Telê Santana. Não era lá considerado dos mais habilidosos do time, que, afinal, era repleto de craques, mas ainda assim escreveu seu nome numa das mais vitoriosas histórias do Tricolor Paulista. Esse era Suélio Lacerda, volante que se sagrou campeão paulista de 1991, da Libertadores e do Mundial Interclubes de 1992. Atualmente como técnico de futebol na Paraíba (sua terra natal), Suélio comanda o time sertanejo do Sousa. Depois de superar grandes clubes locais, como o Treze, ele começa, nesta quarta-feira, a decidir o título estadual contra o Campinense, segundo maior campeão da história do futebol paraibano.

Suélio Lacerda, mesmo 20 anos depois, não tem dúvidas: tudo o que se tornou como homem e como profissional deve ao seu treinador na época de São Paulo, Telê Santana, uma das “raras unanimidade do futebol”.

- A maioria dos bons jogadores da Era Telê é bem-sucedida. As exceções são aqueles burros que escutaram as lições e os ensinamentos daquele homem. Ele me ensinou muito, e é por ter convivido com ele naquele momento que eu usufruo hoje de uma carreira consolidada como técnico – declarou Suélio Lacerda.

Até hoje torcedor do São Paulo, devido ao carinho que guarda de sua época de atleta, o ex-volante diz que o clube é “diferenciado”, porque só oferece coisas boas aos seus jogadores.



- Ainda hoje sofro quando vejo o São Paulo perder. Virou meu time do coração. Tenho um carinho sincero e muito grande pelo Tricolor – declara, se dizendo um privilegiado por ter saído de José Pinheiro (bairro pobre de Campina Grande, de onde também saiu Marcelinho Paraíba) direto para o Morumbi, sede do time paulistano.

Entre os títulos conquistados, ele diz que o Paulista de 1991 tem um sabor especial, por ter jogado como titular a partida final contra o Bragantino, mas ao mesmo tempo admite que jogar uma Libertadores tem um sabor ímpar. Suélio, por exemplo, entrou em campo na partida contra o Nacional de Montevidéu, pelas oitavas de final. Ao todo, ele fez 64 jogos pelo time, entre 1º de setembro de 1991 e 11 de maio de 1993.

- Aquela era a base da Seleção Brasileira que viria a ser campeã do mundo em 1994. Foi um prazer jogar ao lado de nomes como Raí, Cafu e Zetti. No "time", tinha ainda Moraci Sant'Ana, preparador físico que também esteve na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Sem contar Rogério Cen, ainda em início de carreira e que não era nem sombra do ídolo são-paulino que se transformaria – relembra o ex-jogador, que do São Paulo foi transferido para o Botafogo.

Telê Santana virou um molde. Suélio destaca que, agora como técnico, tenta seguir vários dos conselhos do mestre e repetir as práticas que ele tinha no comando do São Paulo.



- Sou um treinador adepto do futebol bem jogado, do toque de bola e da movimentação em velocidade. Nos treinamentos, insisto com meus jogadores para que eles priorizem o toque de primeira e o futebol jogado na bola. Disciplina é fundamental para mim – destaca.

A fórmula vem funcionando. Suélio levou o time à final após eliminar o atual bicampeão Treze nas semifinais e o Campinense na final da segunda fase. Agora, Sousa e Campinense voltam a se enfrentar na disputa pelo título.

No início do campeonato, no entanto, as coisas não foram tão fáceis. Suélio era técnico do Botafogo-PB nas primeiras nove rodadas, mas acabou deixando o clube após derrota para o lanterna Flamengo-PB. O clube de João Pessoa contratou Neto Maradona, então técnico do Sousa, que, para se vingar, contratou Suélio como substituto.

Ao longo da carreira, iniciada em 2003, Suélio Lacerda já passou pelos três principais times do Estado: Botafogo-PB, Treze e Campinense. Trabalhou também no Baraúnas, do Rio Grande do Norte, e no ASA de Arapiraca (AL). Mas ainda não tem nenhum título expressivo. Montou o time do Bota que seria campeão paraibano de 2003, mas saiu antes da final, e o troféu caiu nas mãos de seu então auxiliar, Washington Lobo. E no Campinense, ainda em 2003, levou o clube ao quadrangular final da Série C.

Na Paraíba, trabalhou também no Nacional de Patos, mas é com o Sousa que pode ser campeão. Para isto, precisa tirar a vantagem do Campinense, que nas duas finais (nesta quarta e no domingo) joga por resultados iguais e decide o segundo jogo em casa. A primeira partida acontece na terra do Dinossauro, e o segundo jogo acontece em Campina Grande, no Estádio Amigão.

- Temos um bom time. E podemos ser campeões – finaliza o discípulo de Telê Santana.


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