O choro de Wellington após desabar durante o coletivo desta terça-feira no CT da Barra Funda foi um sinal do que pode estar por vir: o volante do São Paulo pode ficar oito meses afastado dos gramados. Em meio a um clima de muita apreensão, o médico do clube, José Sanchez, diz que ainda não é possível fazer um diagnóstico sem exames aprofundados, mas caso a suspeita de rompimento do ligamento cruzado seja confirmada, o jogador deve ficar longe dos gramados por um longo período.

- O Wellington teve uma entorse no joelho esquerdo. Como referência de sintoma, ele nos disse que sentiu um estalo no joelho, e é uma queixa que preocupa, que nos faz pensar em lesão mais séria. Se tiver lesão no ligamento cruzado, é óbvio que o prazo é aquele grande, de sete a oito meses, levando em conta que seria uma segunda lesão no local. Se não existir, precisamos definir o que houve.


Wellington sofreu contusão sozinho durante treino no CT(Foto: Daniel Romeu / Globoesporte.com)

O volante atuava entre os titulares em treino coletivo, improvisado na lateral direita. Logo nos 15 primeiros minutos da atividade, ele torceu o joelho esquerdo em lance isolado e caiu. Gritando e com muitas dores, deixou o gramado na maca, carregado por seguranças. Ele deve realizar exames ainda nesta tarde. Leão admite que o jogador fará falta ao Tricolor durante a recuperação.


- Não sei o tamanho do prejuízo, mas o psicológico é muito grande. Ele saiu do treinamento com uma torção no joelho, sozinho. Como ele já teve um problema anterior, ele relembra e isso leva a uma convulsão de choro, pensamento negativos. Estou chateado, excelente jogador e excelente menino.
Em junho de 2010, Wellington já havia sofrido lesão semelhante enquanto treinava com a Seleção Brasileira sub-19. Na ocasião, o tempo de recuperação foi de oito meses. Como a nova lesão foi no mesmo joelho, a preocupação dos médicos é maior e o tempo de recuperação pode ser aumentado. Passado o susto inicial, o volante já deu início ao tratamento no Reffis.

- Ele é fundamental, adquiriu status dentro do grupo de alta confiança. Com o treinador, nem se fala. É tudo que nós queremos de um atleta. Vê-lo prosperar, vindo de baixo, recebendo apoio, elogios, se dedicando. É desses que você quer sempre no time – completou Leão.