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São Paulo faz campanha para negar ajuda do governo ao Morumbi


Cartolas do São Paulo estão incomodados com as comparações entre as construções do Morumbi e do futuro estádio corintiano. Não gostam de ouvir que dinheiro público foi usado na casa são-paulina por influência do então governador Laudo Natel, que presidiu o clube e é considerado o pai do estádio.

Para combater o que chamam de mito, os são-paulinos iniciaram uma campanha. O departamento de comunicação do toca o projeto. A ideia é tornar público os arquivos da obra, usando dados como o livro-caixa para tentar desmentir as histórias que incomodam.



A primeira fase, já em andamento, prevê o envio de registros oficiais do São Paulo para conselheiros. Na segunda etapa, serão divulgados documentos que mostram quanto custou o estádio. Um terceiro estágio, ainda em discussão, seria a publicação de um livro sobre o tema.

Um dos argumentos defendidos pela diretoria é o de que Natel virou governador em 1971 e que o estádio foi inaugurado em 1970. Antes disso, ele era vice e chegou a assumir o governo. Os são-paulinos afirmam ter provas de que nos meses em que Natel ficou no comando a obra estava parada. “Temos documentos que mostram que o período em que ele foi governador foi a fase em que o Morumbi menos cresceu”, disse Dorival José Decoussau, diretor de marketing e pai do ex-jogador Caio Ribeiro, hoje comentarista.

Por meio dos arquivos, a ideia é mostrar Natel como um grande são-paulino. Um benfeitor que ajudou o clube como diretor do Bradesco, com seus contatos na iniciativa privada, mas não como governador, liberando dinheiro público. Por essa versão, ele aproveitava seu círculo de amizades para, entre outras ações, vender o carnê Paulistão, espécie de loteria. Desse programa também participavam outros clubes paulistas, cada um ficando com receitas próprias.

Na troca de provocações entre corintianos e são-paulinos por conta da construção do Fielzão, um dos fatos que mais irritaram os tricolores foi a distribuição na Câmara Municipal da cópia de uma antiga lei que autoriziou repasse de dinheiro público para ser usado no Morumbi. “Isso é verdade, existiu mesmo. Mas esqueceram de contar que a mesma lei liberou verba para todos os times da cidade”, afirmou Decoussau.



“Essa história de dinheiro público no Morumbi nos machuca muito, pois estão falando de um templo. E passamos por vários sacrifícios para construí-lo. Renunciamos a contratações e enfrentamos tempos difíceis dentro de campo por conta disso”, completou o diriegente.

A sensação entre os tricolores é a de que o clube sempre administrou mal a história sobre a gestação de seu estádio. Se acostumou a ouvir que Natel colocou dinheiro público sem rebater. Agora, querem mudar o jogo. Principalmente para que o Morumbi não seja citado nas discussões que envolvem o Itaquerão. Missão quase imporssível, por mais documentada que esteja a diretoria.




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