João Paulo de Jesus Lopes (à esquerda) e Adalberto Batista respaldaram Adílson
Foto: Léo Pinheiro/Terra

No final da tarde de ontém foi apresentado ao São Paulo o técnico Adilson Batista, no CT da Barra Funda. Após a bombardeada coletiva de Adilson, os dirigentes do São Paulo, Adalberto Baptista e João Carlos de Jesus Lopes também concederam coletiva e responderam questões sobre a jornada da diretoria de dez dias atrás de um substituto para o antigo cargo de Paulo César Carpegiani. Responderam também, o que os levou a contratar Adilson Batista e o porquê de seu contrato vigorar por apenas um semestre.

A primeira pergunta da coletiva tratava-se diretamente do contrato e seu tempo de duração, muito seguro de sí, Adalberto Baptista retrucou:
"O Contrato ir até o fim do ano só, é uma circunstância, na verdade nós apresentamos uma proposta para o Adilson, o que menos discutimos foi o tempo que o contrato teria. Mas, sim, o que mais foi discutido em toda a proposta é o jeito que nós gostaríamos que ele trabalhasse, o modo como o São Paulo está acostumado que trabalhe com o time. Até o final deste ano, nós teremos tempo para discutir com mais propriedade o tempo de contrato dele, isso, por enquanto, foi circunstâncial."


Bombardeio na sala de coletivas. Foto: Site Oficial

Os diretores insistiram por toda a entrevista que a durabilidade do contrato estava ligada à pressa de encontrar um novo treinador. Mas, o que circula dentre os corredores dos bastidores é que a prorrogação do contrato está diretamente relacionada ao desempenho do time no Campeonato Brasileio e na campanha Libertadores 2012.

Quando, indagados pelos jornalistas, se tiveram outras opções além de Adilson Batista e o porquê de não terem contratado Paulo Autuori, os diretores responderam:
"O Autuori nunca foi o primeiro na nossa lista, em outras oportunidades que tivemos anteriormente, por exemplo, não cogitamos em trazê-lo. Cogitamos apenas nessa oportunidade. O que eu posso dizer é que nos reunimos e debatemos o assunto durante todo o final-de-semana passado e chegamos a dois eleitos, Paulo Autuori e Adilson Batista. Tivemos reuniões longas para chegar a esses nomes, foi uma jornada de dez dias. Não houve plano A e nem houve plano B, os dois para nós eram plano A. O contato foi feito simultâneamente para saber a condição deles de vir para cá, as probabilidades e se estavam dispostos. Mas os telefonemas foram feitos ao mesmo tempo, sem preferências."

A imprensa local atacou os dirigentes e o recém-chegado, Adilson, com perguntas sobre o passado do treinador em outros clubes. Em pergunta direta, um jornalista local perguntou se não entraram em contato com os clubes que o novo técnico trabalhou antes de contratá-lo para ter indicações e se estudaram o trabalho de Adilson anteriormente.

"Sim, nós entramos em contato, sim. Nós tivemos contato com o Cruzeiro, com o Corinthians, o Santo e o Atlético-PR. Todos foram elogiosos em relação à postura profissional do Adilson, inclusive ficamos sabendo das circunstâncias de trabalho do Adilson e foi quando conseguimos decidir que ele seria o nome do novo treinador do São Paulo. E inclusive, não foram os únicos contatos que nós tivemos, nós conversamos com alguns jogadores que já trabalharam com ele, colegas de trabalho, pessoas da mesma área. Essa decisão foi tomada com muita cautela."

A diretoria afirmou que não entrou em contato com nenhum outro nome além de Paulo Autuori e o próprio Adilson Batista. Apesar de ter sido notíciado em alguns jornais que eles haviam entrado em contato com vários nomes, incluindo o Dunga, Adalberto e João negaram qualquer initeresse do São Paulop nesses treinadores.
O novo técnico assumiu o elenco no treino de hoje e começou o trabalho intensivo rumo ao topo do pódio no Campeonato Brasileiro.
Boa sorte, Adilson!




Por Layla Reis.