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Adílson não se esconde

Após fracassos recentes no Corinthians e no Santos, novo técnico do Tricolor garante que está mais maduro e espera alavancar sua carreira no Morumbi

Há muito tempo não se via um treinador ser apresentado num grande clube paulista e ter de provar que está preparado para obter sucesso no posto. Mesmo neste cenário nada aconchegante, o novo técnico são-paulino, Adílson Batista, demonstrou confiança no próprio taco e garantiu estar muito mais preparado para comandar o Tricolor do que estava durante as recentes passagens pelo Corinthians, em 2010, pelo Santos, no início deste ano, e também pelo Atlético-PR, do qual se demitiu há cerca de um mês.

"Estou mais maduro, consciente e tranquilo, sabendo da importância de dirigir o São Paulo. Foram três times em nove meses. Mas, antes disso, fiz um excelente trabalho no Cruzeiro. Na época, eu tive grandes jogos contra o São Paulo e, por isso, aqui estou", afirmou Adílson, que tirou o Tricolor da Libertadores de 2009 e foi eliminado pelo São Paulo na mesma competição, no ano seguinte.

A insistência para Adílson falar sobre o fato de ter sido demitido por Timão e Peixe fez o novo comandante tricolor ficar um tanto irritado.

"Não quero mais falar sobre o meu passado. Foram turbulências, provações da vida, mas, às vezes, Deus está reservando algo melhor ali na frente e eu estou acreditando nisso. Só quero pensar no São Paulo."

Para o ex-zagueiro, o fato de ter 43 anos, uma idade relativamente baixa para um treinador, lhe dá o tempo necessário para reerguer a carreira.

"Eu entendo a preocupação, que também era minha, em relação principalmente ao estado de São Paulo, mas é um aprendizado. Eu tenho apenas 43 anos. Espero ficar mais uns 20 anos no futebol", afirmou.

Feliz por assumir uma equipe que ocupa a vice-liderança do Brasileirão, Adílson assegura que o Tricolor vai brigar pelo título nacional ou, pelo menos, por uma vaga na Libertadores. "O São Paulo está acostumado ao topo. E o nosso bom elenco nós oferece boas condições."

Contrato curto é tratado como mero detalhe

Uma prova clara de que a própria direção são-paulina está em dúvida em relação ao sucesso de Adílson Batista no clube é o fato de o técnico ter firmado um contrato de só quatro meses - com possibilidade de renovação até o fim de 2012. Mas, apesar disso, as partes minimizam a questão.

"O contrato de quatro meses é só uma circunstância. Nós apresentamos uma proposta. E o que menos falamos foi a duração do contrato, nós mostramos uma proposta de trabalho", garantiu o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista. "Nós fizemos até o fim do ano, para poder discutir depois com mais propriedade um novo contrato, com mais tempo de duração", emendou ele.

Para o treinador, a chance de trabalhar no Tricolor não pode ser desperdiçada, mesmo se for por pouco tempo. "Esta é uma chance única. O acerto me deixou contente, pela grandeza do clube", limitou-se o treinador, que hoje comandará o seu primeiro treino no CT da Barra Funda.



Até o salário de Adílson não será comum nos grandes clubes. Ele ganhará R$ 160 mil mensais. Carpegiani, por exemplo, recebia R$ 300 mil mensalmente.

Como o São Paulo já tem uma comissão técnica fixa, Adílson Batista trouxe apenas um auxiliar técnico. É o ex-jogador Ivair.

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