Rogério Ceni comemora centésimo gol da carreira marcado contra o Corinthians, no dia 27 de março (Foto: VIPCOMM)
Máquina de quebrar recordes, Rogério Ceni atinge mais uma marca importante nesta quarta-feira, às 21h50, contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas, pela terceira rodada do Brasileirão. A partida será transmitida em tempo real pelo LANCENET!. São cem jogos consecutivos do capitão em campo.
Este ano, é a segunda vez que Ceni alcança uma marca centenária. Há três meses, marcou no clássico contra o Corinthians o gol de número cem na carreira. Agora, forte como um robô, torna-se O Homem Bicentenário, analogia ao filme estrelado por Robin Williams.
Se na película o personagem do astro norte-americano é uma máquina que vai aprendendo a ser humano, Rogério Ceni faz o caminho inverso. De carne e osso, poço de fraqueza, o goleiro não para de atingir metas antes inimagináveis de serem alcançadas por qualquer profissional do futebol.
A última vez que a escalação do São Paulo não começou com Ceni foi na segunda rodada do Paulistão do ano passado, no empate em 1 a 1 contra o Mirassol, no dia 20 de janeiro. Na ocasião, o camisa 1 deu lugar a Bosco, que ainda treina com o grupo, mas não faz mais parte dos planos.
De lá para cá, faça sua chuva ou faça sol, o goleiro está presente. Ele caminha a passos largos para bater o recorde que perdura desde 1965, ano em que o ex-arqueiro Suli chegou a 107 jogos consecutivos pelo clube (acompanhe mais detalhes abaixo).
Os profissionais que cuidam da saúde esportiva de Rogério Ceni são unânimes ao dizer que a dedicação, o profissionalismo e a superação do goleiro são o combustível para se manter tanto tempo em condições de atuar, mesmo com 38 anos, e resistir às lesões que tanto incomodam.
A última, semelhante à maior da carreira, no tornozelo esquerdo. O goleiro sofreu uma entorse no local na estreia no Brasileirão, contra o Fluminense, e, desde então, tem sofrido com muitas dores. Não estava 100% contra o Figueirense, na última rodada, e vai novamente sacrificado, embora tenha passado toda a semana passada tratando muito.
Para enfrentar o Galo, no entanto, Ceni ainda tem uma motivação extra. Se vencer, o Tricolor assume a liderança isolada do Brasileirão, o que não acontece desde 2009 com o clube. Acostumado a vencer, principalmente a competição nacional, o capitão dará um passo importante para o triunfo se não sofrer gols.
Único jogador a levantar o troféu da competição em três anos consecutivos, ele sabe da importância de retornar à disputa da Copa Santander Libertadores em 2012.
O resultado positivo trará mais motivação, já que, após o confronto de hoje, ele vai precisar. Afinal, o jogo de número 101 será já no próximo sábado, com o Grêmio, no Morumbi. Pouco tempo para recuperar.
No entanto, em se tratando de Rogério Ceni, o pouco é relativo. O goleiro está acostumado a grandes metas e, como um verdadeiro robô, não poupará esforços para atingi-las. Para ele, centenário ainda é pouco.
Riva Carli, preparador físico do clube:
Considero o feito do Rogério extraordinário e fora do normal para um atleta de futebol. É fundamental, poucos conseguem chegar neste número de jogos consecutivos na carreira. Tenho o privilégio de trabalhar com ele há cerca de cinco meses e está sendo uma experiência muito boa.
Nesse momento, fizemos algumas mudanças dentro do percurso em relação a treinamento e planejamento para potencializar ainda mais a preparação. Mudamos um pouco o treino, diferente do que ele estava fazendo antes. Ele se adaptou bem, tem gostado. Acha que o resultado está sendo satisfatório.
Aplicamos mais treinos de força. Isso é importante para o momento da carreira dele. Sempre frequenta a academia, faz todos os trabalhos. Isso tem contribuído muito para seguir fazendo os jogos sem precisar ficar fora. Está refletindo dentro de campo. Ele mesmo dá o sinal. Fala o que está sentindo.
Neste ponto mudou um pouco, mas o resto é a sequência de vida atlética. De muita responsabilidade, de fazer as coisas, de sempre cumprir as tarefas determinadas.
Acho que esse é o fato fundamental para ele chegar a esse estágio da carreira e estar batendo esse número de cem partidas consecutivas, que é um baita feito.
Suli: recorde de jogos, mas sem conquistas
O recordista de partidas consecutivas à frente da meta são-paulina atuou no clube na década de 1960, tempo de vacas magras por conta da construção do Morumbi.
Suli Cabral Machado, ou simplesmente Suli, como ficou mais conhecido, defendeu o clube de 61 a 66 e disputou 266 partidas, obtendo 138 vitórias e 65 empates. Foram ainda 63 derrotas no período.
Entre os dias 23 de janeiro de 63 e 24 de janeiro de 1965, o arqueiro disputou 107 duelos seguidos possíveis. Isso porque entre os dias 9 de maio e 24 de junho o time A do São Paulo estava na Europa para a disputa de amistosos e torneios internacionais. Enquanto isso, no Brasil, um time com Carlos no gol empatou em 3 a 3 com o Fluminense, no dia 10 de maio, nas Laranjeiras, pelo Torneio Rio-São Paulo.
O período em que Suli esteve como goleiro do Tricolor foi de pouco investimento no time, pois todos os recursos eram voltados para a construção do Morumbi, concretizada em 1970, quando Suli já não defendia mais as cores do clube. Também por conta disso, ele se despediu sem conquistar títulos.
Máquina de quebrar recordes, Rogério Ceni atinge mais uma marca importante nesta quarta-feira, às 21h50, contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas, pela terceira rodada do Brasileirão. A partida será transmitida em tempo real pelo LANCENET!. São cem jogos consecutivos do capitão em campo.
Este ano, é a segunda vez que Ceni alcança uma marca centenária. Há três meses, marcou no clássico contra o Corinthians o gol de número cem na carreira. Agora, forte como um robô, torna-se O Homem Bicentenário, analogia ao filme estrelado por Robin Williams.
Se na película o personagem do astro norte-americano é uma máquina que vai aprendendo a ser humano, Rogério Ceni faz o caminho inverso. De carne e osso, poço de fraqueza, o goleiro não para de atingir metas antes inimagináveis de serem alcançadas por qualquer profissional do futebol.
A última vez que a escalação do São Paulo não começou com Ceni foi na segunda rodada do Paulistão do ano passado, no empate em 1 a 1 contra o Mirassol, no dia 20 de janeiro. Na ocasião, o camisa 1 deu lugar a Bosco, que ainda treina com o grupo, mas não faz mais parte dos planos.
De lá para cá, faça sua chuva ou faça sol, o goleiro está presente. Ele caminha a passos largos para bater o recorde que perdura desde 1965, ano em que o ex-arqueiro Suli chegou a 107 jogos consecutivos pelo clube (acompanhe mais detalhes abaixo).
Os profissionais que cuidam da saúde esportiva de Rogério Ceni são unânimes ao dizer que a dedicação, o profissionalismo e a superação do goleiro são o combustível para se manter tanto tempo em condições de atuar, mesmo com 38 anos, e resistir às lesões que tanto incomodam.
A última, semelhante à maior da carreira, no tornozelo esquerdo. O goleiro sofreu uma entorse no local na estreia no Brasileirão, contra o Fluminense, e, desde então, tem sofrido com muitas dores. Não estava 100% contra o Figueirense, na última rodada, e vai novamente sacrificado, embora tenha passado toda a semana passada tratando muito.
Para enfrentar o Galo, no entanto, Ceni ainda tem uma motivação extra. Se vencer, o Tricolor assume a liderança isolada do Brasileirão, o que não acontece desde 2009 com o clube. Acostumado a vencer, principalmente a competição nacional, o capitão dará um passo importante para o triunfo se não sofrer gols.
Único jogador a levantar o troféu da competição em três anos consecutivos, ele sabe da importância de retornar à disputa da Copa Santander Libertadores em 2012.
O resultado positivo trará mais motivação, já que, após o confronto de hoje, ele vai precisar. Afinal, o jogo de número 101 será já no próximo sábado, com o Grêmio, no Morumbi. Pouco tempo para recuperar.
No entanto, em se tratando de Rogério Ceni, o pouco é relativo. O goleiro está acostumado a grandes metas e, como um verdadeiro robô, não poupará esforços para atingi-las. Para ele, centenário ainda é pouco.
Riva Carli, preparador físico do clube:
Considero o feito do Rogério extraordinário e fora do normal para um atleta de futebol. É fundamental, poucos conseguem chegar neste número de jogos consecutivos na carreira. Tenho o privilégio de trabalhar com ele há cerca de cinco meses e está sendo uma experiência muito boa.
Nesse momento, fizemos algumas mudanças dentro do percurso em relação a treinamento e planejamento para potencializar ainda mais a preparação. Mudamos um pouco o treino, diferente do que ele estava fazendo antes. Ele se adaptou bem, tem gostado. Acha que o resultado está sendo satisfatório.
Aplicamos mais treinos de força. Isso é importante para o momento da carreira dele. Sempre frequenta a academia, faz todos os trabalhos. Isso tem contribuído muito para seguir fazendo os jogos sem precisar ficar fora. Está refletindo dentro de campo. Ele mesmo dá o sinal. Fala o que está sentindo.
Neste ponto mudou um pouco, mas o resto é a sequência de vida atlética. De muita responsabilidade, de fazer as coisas, de sempre cumprir as tarefas determinadas.
Acho que esse é o fato fundamental para ele chegar a esse estágio da carreira e estar batendo esse número de cem partidas consecutivas, que é um baita feito.
Suli: recorde de jogos, mas sem conquistas
O recordista de partidas consecutivas à frente da meta são-paulina atuou no clube na década de 1960, tempo de vacas magras por conta da construção do Morumbi.
Suli Cabral Machado, ou simplesmente Suli, como ficou mais conhecido, defendeu o clube de 61 a 66 e disputou 266 partidas, obtendo 138 vitórias e 65 empates. Foram ainda 63 derrotas no período.
Entre os dias 23 de janeiro de 63 e 24 de janeiro de 1965, o arqueiro disputou 107 duelos seguidos possíveis. Isso porque entre os dias 9 de maio e 24 de junho o time A do São Paulo estava na Europa para a disputa de amistosos e torneios internacionais. Enquanto isso, no Brasil, um time com Carlos no gol empatou em 3 a 3 com o Fluminense, no dia 10 de maio, nas Laranjeiras, pelo Torneio Rio-São Paulo.
O período em que Suli esteve como goleiro do Tricolor foi de pouco investimento no time, pois todos os recursos eram voltados para a construção do Morumbi, concretizada em 1970, quando Suli já não defendia mais as cores do clube. Também por conta disso, ele se despediu sem conquistar títulos.
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