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Em quatro anos de contrato, Dagoberto não viveu fase melhor no São Paulo do que a que vive hoje. Mas seus 14 gols e a artilharia do time na temporada não serviram para estreitar o seu relacionamento com o clube, muito pelo contrário.

Ele diz não ter pressa para discutir com o clube uma renovação – se é que haverá alguma conversa sobre o assunto. A menos de um ano do fim de seu vínculo com o São Paulo (vai até abril), o atacante mostra mágoa com o Tricolor por não ter sido procurado durante a fase ruim para renovar. Agora que está em alta, Dagoberto afirma que quer deixar o tempo resolver a situação.

“Ano passado tentamos várias vezes bater um papo, saber qual era a ideia deles e não conseguimos oportunidade. Agora deixa rolar, lá na frente vamos ver o que vai acontecer.”

Nem as mudanças na diretoria, com a entrada de Adalberto Batista no lugar de Leco no departamento de futebol, o fazem pensar num eventual acordo. “O Adalberto é um cara bacana, conversa com todo mundo, mas quem manda aqui é o Juvenal.”

Por parte do jogador, a vontade de sentar para renovar é próxima de zero. A partir de novembro ele pode assinar um pré-contrato com outro clube e sair de graça ao final do contrato. “Gosto do São Paulo, já disse isso várias vezes. Mas tenho dois filhos e uma família para sustentar. Tenho de ver o que é melhor para mim. Estou deixando o tempo correr. Não tenho preocupação com renovação.”

O clube também não está tão preocupado assim em conversar com Dagoberto. A avaliação interna sobre esses quatro anos é de que não vale a pena mantê-lo no elenco com um salário alto, apesar de ser um atleta muito bom. A diretoria considera que Dagoberto não é um jogador confiável, e que assim como está em grande fase agora também pode voltar a apresentar um período longo de ostracismo ou de baixo rendimento em campo.

Reconhecimento
Por causa disso, a vontade da diretoria agora é nem formalizar uma proposta de renovação, embora publicamente a postura seja a de sustentar que há o interesse em conversar sobre o assunto com o atacante.

Dagoberto afirma que tem se sentido valorizado com as sondagens que recebeu –uma delas foi do Internacional. Segundo ele, é sinal de que seu desempenho em campo é bom. “As pessoas estão vendo o que venho demonstrando, e isso me deixa feliz.”

No São Paulo, ele deu a entender que não se sente tão valorizado. “Vejo o exemplo do Miranda, que é um dos melhores zagueiros do Brasil e não foi procurado para conversar sobre renovação.” Miranda vai de graça para o Atlético de Madrid em julho.