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Paulo César Carpegiani não é nenhuma Carla Perez, mas demonstrou saber muito bem dançar conforme a música. Tal habilidade foi evidenciada a partir do dia 12 de maio, data da eliminação são-paulina na Copa KIA do Brasil, contra o Avaí.
Após a partida, a diretoria tornou pública sua intenção de trocar o comando da equipe. Dias depois, porém, recuou. Mantido no cargo, Carpegiani adotou uma postura mais contida diante da imprensa e passou a aceitar passivamente qualquer orientação dos dirigentes. Mesmo se ela representar uma interferência direta no seu trabalho à frente do time.
"Muitas vezes, o treinador quer ser o dono do clube. Mas eu sei o meu lugar. Treinador não deve se preocupar com comida, contratação ou gramado. Não devo me meter nisso. O meu trabalho é no campo", afirmou Carpegiani, ontem.
Respaldado pelas duas vitórias do São Paulo até aqui no Campeonato Brasileiro, o treinador ganhou mais tranquilidade para exercer sua função. Em contrapartida, ele só preserva o emprego por estar aceitando uma série de ordens do presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
Uma delas foi ter levado o time para treinar no CT de Cotia, anteontem e, após a atividade, voltar de lá com dois jovens agregados à equipe principal, o meia Dener e o atacante Bruno.
"Trouxe os dois por necessidade, mas também para atender a uma política do clube", comentou Carpegiani.
Oito meses no cargo/ Vivendo altos e baixos, o gaúcho vai completar amanhã oito meses dentro do Morumbi nesta sua segunda passagem pelo clube. A primeira, em 1999, durou uma temporada.
"Eu sou um contratado e não sei se a minha postura agrada. Mas acho que faço o correto", disse o comandante tricolor.
Mesmo seguindo a cartilha da cúpula são-paulina, Carpegiani sabe que apenas isto não será suficiente para se perpetuar no clube. "Não adianta eu fazer boas campanhas e promover os jovens. Preciso de títulos e vou buscá-los neste ano", completou o "dançarino".
Ele teve de engolir
Quase demissão
Depois de a diretoria dizer que procurava um técnico, Carpegiani teve de se calar e aceitou ficar.
Caso Rivaldo
Após uma discussão pública com o meia, pediu seu afastamento. Mas o veterano só foi multado.
Adeus de Alex Silva
O treinador foi quem mais defendeu a permanência do beque, que acabou dispensado.
Reforços só da base
Carpegiani sabe que pouco adianta pedir reforços. Precisa buscá-los no clube, em Cotia.
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