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Depois não adianta chorar


O futebol brasileiro está sofrendo uma terrível derrota nos bastidores. Nem se a seleção ficasse fora da Copa do Mundo as consequências seriam tão ruins.

Às vésperas das vendas dos direitos de transmissões dos campeonatos brasileiros entre 2012 e 2014, gigantes tais quais Corinthians e Flamengo, além doutras agremiações, ameaçam romper com o Clube dos 13, entidade responsável pela negociação.

O que deveria ser a construtiva e obrigatória luta por mais dinheiro para os clubes virou guerra política.

Desculpe pela obviedade da pergunta. Preciso fazê-la.

Baseado em que qualquer presidente de clube toma posição antes de saber quanta grana será oferecida e por qual emissora de televisão?

Não pode ser questão ideológica.

Até o PT, o PSDB, o PMDB e todos os grandes partidos de nosso país são desprovidos de ideais.

Só falta aparecer alguém para dizer que time x ou y tem convicções humanas e sociais acima das materiais, e que elas os conduzem aos braços de Ricardo Teixeira, o primeiro mandatário da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo.

O jogo político é chato, pesado, longo e às vezes baixo.

Exige capacidade de perceber quem diz fazer parte de seu time mas pretende sabotá-lo, e de achar a solução. Os “duas caras” são indispensáveis para a vitória.

Como se os jogadores de uma equipe descobrissem durante a final da Libertadores, após o treinador fazer as três substituições, que alguns companheiros entraram em campo para ajudar o adversário a ser campeão. Não adianta gritar, bater neles ou tirá-los.

Foi mais ou menos o que aconteceu na previsível crise no Clube dos 13.




A incerteza sobre quem continua na entidade diminuirá bastante os valores dos direitos de transmissão.

Os clubes irão arrecadar menos, o dinheiro para contratar e pagar salários será menor, o êxodo de jogadores vai aumentar, as dívidas também, os estádios apodrecerão e algum governante inventará outra pouco eficaz Timemania da vida.

Alexandre Kalil, presidente do Galo, raro dirigente realmente corajoso, disse à ESPN Brasil: “São R$ 3,9 bilhões em três anos, reclamar agora é no minimo curioso. Tivemos meses e meses de discussão, porque foi em abril a eleição [do Clube dos 13], até março deste ano. Eu não sou tão idiota assim, e nenhum outro presidente de clube é idiota, parto deste princípio”

Kalil só não pegou mais pesado porque entendeu a estratégia de quem está do outro lado. Brigas não lhe interessam agora. Está ciente da necessidade de unir os clubes, todavia não sabe como fazê-lo.

Há uma frase dele perfeita para resumir o atual momento: “O povo do futebol está sendo estuprado”,

Resta saber quem está dando risadas por causa dos problemas.

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