Ao menos este ano, Cicinho não vestirá mais a camisa do São Paulo. O lateral-direito voltou ao clube em fevereiro deste ano e disputou 25 partidas. Seu contrato foi encerrado na última quarta-feira e o Sampa queria estendê-lo até 20 de agosto, dois dias depois da final da Libertadores. No entanto, a Roma (ITA) não aceitou e exigiu, no mínimo, seis meses a mais para o jogador permanecer no Brasil, o que não agradou a diretoria tricolor.

- Não avançamos nesta possibilidade, pois ela não nos satisfaz. Queríamos até o dia 20, como tinha sido conversando anteriormente. Nossa proposta não era má para Roma, já que estarão em pré-temporada. No entanto, eles foram inflexíveis. Agora, está descartado - afirmou João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol do Sampa, que esteve à frente das negociações desde o fim do ano passado.

Segundo o dirigente, São Paulo e Roma, em fevereiro, tínham acordado a possibilidade de Cicinho prorrogar seu empréstimo até o término da competição sul-americana. No entanto, o acerto era apenas verbal. Com isso, o clube italiano, com quem o atleta tem vínculo por mais dois anos, exigiu sua volta imediata ou então um novo acerto até o fim desta temporada.

A cúpula mantém apreço pelo jogador, mas trata o caso como encerrado, já que não existe mais vínculo entre as partes. No entanto, um dos motivos de ele não ter permanecido é o fato de, nesta passagem, não ter correspondido dentro de campo. A comissão técnica segue a mesma linha, apesar de ainda acreditar em uma possível evolução dele em campo. O alto salário também pesou para permanência.

A notícia de que Cicinho não renovaria até o fim do ano foi divulgada pelo LANCENET! em junho. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, por telefone, afirmou que a negociação seria onerosa, então não interessava. No entanto, a cúpula não contava com a possibilidade de ficar sem ele em definitivo. Sem o camisa 23, Jean, improvisado, deve ocupar o setor.