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Palhinha diz que lugar de Washington e Dagoberto é o banco de reserva

Ele escalaria, se fosse técnico, Fernandinho e Henrique de titulares no ataque

Vi, nos estádios, todos os jogos de Palhinha pelo São Paulo na capital paulista. Lembro quendo Telê pediu o atleta do América MG.

Habilidoso, chegou jogando para o time, deu bastante qualidade ao meio de campo e ataque, além de alegrias inesquecíveis ao sãopaulino.

A justa fama que conseguiu graças às boas atuações, e os títulos históricos, transformaram um pouco o futebol dele.

A habilidade virou firula. Passou a atuar em busca do lance bonito e da consagração individual.

Conquistou duas Libertadores e perdeu uma decisão no São Paulo. Depois ganhou outra Libertadores, em 1997, pela Raposa. Conhece bem a competição.

Hoje, é treinador do São Bernardo

“O Dagoberto, ele quer a bola para ele, quer aparecer”

Em entrevista ao CBN Esporte Clube, Palhinha disse que Dagoberto quer a bola para aparecer, e que Washington só funciona se acertarem a bola nele.

Ele falou (se quiser, ouça a declaração no player no fim do post):

“O Washington, o problema do Washington, é que é um jogador que (o time) tem que jogar para ele. Tem que acertar o Washington, porque pra colocar uma bola longe da passada dele e de onde ele consegue alcançar abrindo a perna, ele não vai chegar na bola, não tem jeito mais”.

“Eu acho que ele é um baita de um jogador, um cara que sabe fazer gols como poucos, mas eu, se sou hoje o treinador do São Paulo, coloco o Henrique para jogar e o Fernandinho.”

“Não coloco nem o Dagoberto. O Dagoberto, ele quer a bola para ele, quer aparecer, e eu acho que não é esse o futebol. O futebol quando aparece um jogador diferenciado, os caras querem dar pancada nele, querem isso, querem aquilo, querem falar uma coisa ou outra…”

Opinião deste blogueiro

Dagoberto é fominha e repetitivo. Muitos dizem que é craque.

Atacante aberto, não me recordo dos lances dele como os de Neymar, para não citar os consagrados.

Quando volta para o meio, também não pensa o jogo. Depende de velozes arrancadas, sempre com dribles ou tabelas em direção do gol, para ir bem. Os dias de inspiração dele são marcantes, pois o estilo de atuar é ousado e agressivo como o torcedor aprecia.

Poderia ser útil se não houvesse melindres por colocá-lo no banco. Ao contrário do que pensa Palhinha, não acho que é “reserva absoluto”. Mas, também, não é titular de maneira inquestionável.

Deveria brigar pelo espaço tal qual outro qualquer. Hoje, após quase 3 anos no Morumbi, vejo Dagoberto como ótima opção de segundo tempo, ou em situações específicas para mudanças táticas (atuar com 3 jogadores na linha do ataque).

Disputa com Fernandinho, se Ricardo Gomes quiser um atacante veloz, a posição entre os 11 principais.

Fernandinho também precisa provar que é jogador de time grande, do tipo que cresce em partidas difíceis e consegue atuar com regularidade ao menos numa temporada inteira.

Washington é isso mesmo. Caneludo e desengonçado, sempre enfrentou dificuldades para tratar a bola carinhosamente.

Entretanto, fazia gols que nem louco. Acho (teria que pesquisar para ter certeza) que é o atlela brasileiro em atividade com mais gols marcados em média desde o início da carreira. No São Paulo, apesar da média não ser ruim, está abaixo do padrão dele.

Por enquanto, ele e Dagoberto não justificaram o investimento do clube neles.

Henrique é um garoto rápido, brigador e de boa técnica. Pode ganhar a posição, sim. Precisa estufar as redes várias vezes para ser titular, tal qual ocorreu com os atletas da idade dele.

* A memória me traiu. Os 5 são paulinos trocados com o Cruzeiro por Serginho e Beletti foram Gilmar, Vitor, Donizete, Ailton e Elivélton.

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