O São Paulo não tem podido se dar ao luxo de ter desfalques, já que conta com disputas simultâneas da Libertadores da América e Campeonato Paulista. Mas o técnico Ricardo Gomes pode ganhar problemas na próxima segunda-feira, dia 15 de março, e na mesma posição. Em sessão às 18h no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP), os meias Wellington e Cléber Santana serão julgado por conta das expulsões no jogo contra o Oeste. O primeiro pode ficar fora de até duas partidas, enquanto o segundo pode desfalcar o Tricolor por até cinco jogos.

O árbitro Marcelo Aparecido de Souza relatou na súmula do jogo, realizado no último dia 3, que Cléber Santana, o primeiro tricolor expulso, levou o cartão vermelho aos 23 minutos do segundo tempo “por atingir com um carrinho o tornozelo do seu adversário de número 8, Rivaldo Barbosa de Souza, na disputa de bola”. Diante da descrição do lance, a Procuradoria enquadrou a conduta do meia no artigo 254 (praticar jogada violenta) do Novo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com pena que varia de uma a seis partidas de suspensão.

E antes do apito final, já não bastasse as dificuldades para chegar ao gol adversário, o São Paulo ainda contou com Wellington expulso, mais precisamente aos 43 minutos. O árbitro relatou que foi aplicado o cartão vermelho direto “por (o jogador) impedir uma oportunidade manifesta de gol, com uso das mãos na bola”. O jovem meia, de 19 anos, responderá ao artigo 250 (praticar ato desleal) do CBJD, com pena que varia de uma a três partidas de suspensão.

Pelas expulsões, Cléber Santana e Wellington não puderam enfrentar a Ponte Preta na última rodada do Paulistão, quando o São Paulo venceu por 2 a 0, já que cumpriram suspensão automática. Assim, em caso de pena mínima, ambos poderão enfrentar o Mogi Mirim no dia 21, no primeiro jogo após o julgamento.

Mas se o São Paulo não obtiver sucesso, o jovem jogador pode desfalcar a equipe contra o Mogi e também o Bragantino (24/03). Com denúncia em artigo mais pesado, Cléber Santana pode ficar de fora não só destas duas partidas, mas também até dos jogos contra Corinthians (27/03) e Botafogo (03/04). Em caso de pena máxima, o meia só voltará a campo na última rodada da fase de classificação, contra o Santo André, no dia 7 de abril.

Atraso pode render multa

Além dos dois jogadores denunciados, o próprio São Paulo pode ser punido, após ser denunciado no artigo 206, por “dar causa ao atraso do início da realização de partida [...] ou deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida”, combinado com o artigo 30, § 2°, do Regulamento Geral das Competições, onde cita que os clubes devem entrar com no mínimo oito minutos de antecedência do horário marcado para o início do jogo, e retornar a campo no máximo dois minutos antes do horário de reinício.

Os jogadores tricolores já deviam estar no gramado às 22h49, para que o árbitro pudesse dar reinício ao jogo contra o Oeste, após o intervalo, mas isso aconteceu um minuto depois. Assim, o São Paulo pode levar multa com valor que varia entre R$ 100 e R$ 1 mil.