Imagem: TETÊ VIVIANE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ao cobrar reforços publicamente com insistência, Rogério Ceni desvaloriza seu trabalho e o de jogadores do São Paulo.
Nesta quinta (19), após a vitória por 2 a 1 sobre a Ferroviária, ele voltou a falar da necessidade de reforçar o time. Isso mesmo após o clube do Morumbi já ter contratado sete atletas para a atual temporada.
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Dessa vez, o ex-goleiro meteu um: "precisamos urgentemente de um lateral-esquerdo". "Já conversei com a direção, já falei com o presidente. Sabemos a dificuldade de dinheiro para a contratação, mas a urgência é um lateral-esquerdo", completou o técnico.
Ao agir assim, Ceni desvaloriza seu trabalho porque dá a entender que é um treinador que não consegue se virar com o que tem. Um cara incapaz de fazer seus jogadores evoluírem e só consegue mudar o patamar do time com dinheiro para contratar.
Rogério ainda tira o valor dos atletas que atuam nas posições em que ele pede novos nomes.
Como fica a cabeça de Welington, titular na lateral esquerda em Araraquara, ao ouvir seu chefe falar que precisa de maneira urgente de um jogador para a posição?
É o tipo de descuido grosseiro. O mínimo que um treinador deve fazer é apoiar quem está jogando.
Claro que seria boa para o São Paulo a chegada de um novo lateral esquerdo.
Mas qual a necessidade do treinador de fazer a cobrança publicamente, se ele já fez o pedido internamente para a diretoria?
Não vejo outra resposta a não ser: pressionar os cartolas e justificar as dificuldades enfrentadas pelo time em campo.
Depois de acionar a direção, Ceni poderia investir sua energia em trabalhar as opções que tem no elenco e apoiar esses jogadores.
Ele sabe como fazer. Tanto que é o que disse, na mesma entrevista, estar fazendo com Galoppo.
O treinador voltou a pedir um novo centroavante, mas afirmou que está trabalhando Galoppo para executar essa função. Ele atuou assim contra a Ferroviária e fez o gol da vitória. Ou seja: dá para cobrar menos reforços em público e buscar mais soluções em casa.
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