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Primeira mudança sem Muricy: Ricardo Gomes conversa

Bastaram dois dias de treinamento para o elenco do São Paulo sentir a diferença de Ricardo Gomes em relação a Muricy Ramalho. Depois de três anos e meio convivendo com um treinador tido como simples e direto nas críticas, os jogadores começam a se acostumar com um chefe que prefere "conversas no pé do ouvido".

"A diferença são as conversas individuais, até porque o Ricardo está há dois dias e não conhece o grupo. A maneira de conversar é diferente, de mostrar o que quer do jogador dentro de campo. Isso é bom para todos se encaixarem o mais rápido possível. Deixa o atleta um pouco mais despreocupado porque sabe o que o Muric... treinador quer", contou Richarlyson, até se confundindo ao falar do novo comandante.

O volante é um dos poucos do plantel que trabalhou com Muricy em toda a passagem do treinador pelo Morumbi. Segundo ele, o ex-chefe também optou pelo bate-papo quando chegou ao clube, em janeiro de 2006. Mas nunca deixou seus nervos se acalmarem, principalmente durante os jogos, quando reclamava até nas vitórias.

"Ainda não atuamos em um jogo com o Ricardo, mas ele é um pouco mais tranquilo na maneira de falar. O Muricy também conversava quando chegou, mas, como estava aqui há muito tempo, não fazia mais porque já conhecia cada um na palma da mão. Não precisava falar no pé do ouvido, mostrar no papel o que queria. Por isso a gente estranhou esta conversa com o Ricardo", comentou o camisa 20.

Todos no Tricolor evitam criticar o técnico que se despediu no sábado. Contudo, é consenso de que a proximidade com o plantel é importante para o time voltar a vencer. Ao se apresentar aos novos comandados, na manhã dessa quarta-feira, Ricardo Gomes fez questão de pedir coragem e confiança, discurso que parece ser unânime no grupo.

"Não se pode discutir a qualidade do elenco pelo que o São Paulo tem feito. Faltar confiança quando o resultado não vem é normal. E o Ricardo tem conversado, passado bastante confiança. Um dos principais objetivos dele é recuperar a nossa autoestima para a equipe se acertar e voltar a buscar título, como é o costume do São Paulo", apontou Jean Rolt, que bateu muito papo com seu companheiro de zaga Renato Silva durante o coletivo desta quinta-feira. "Uma boa conversa, às vezes, é até melhor do que um treinamento", completou o defensor.

E, assim, o plantel se acostuma com uma relação mais leve. "Não sei se sou a pessoa ideal para comparar porque fiquei muito pouco com o Muricy, mas cada treinador tem a sua filosofia de trabalho e o Ricardo vai mudar aos poucos. E é um pouquinho mais calmo que o Muricy", admitiu Jean Rolt, minutos antes de Richarlyson fazer um alerta.

"Cada um tem seu espaço. Quando as coisas não derem certo, e espero que isso não aconteça, com certeza o Ricardo vai ter uma salinha para dar bronca. É normal, cada um com sua autoridade. Todo o treinador vencedor tem seu 'momento de Muricy', de falar mais grosso e ríspido", comentou o volante.

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