O São Paulo teve o apoio de sua torcida desde que chegou ao estádio. Com fogos e sinalizadores, os são-paulinos avisavam que o clima era de decisão. E assim foi tratado desde o início do jogo. A equipe de Rogério Ceni pressionou muito o Athletico no início do primeiro tempo e teve chances claras de abrir o placar. Mas foi em vão.
O ritmo ao longo do jogo desacelerou, e o Athletico se mostrava pouco interessado em se arriscar. O empate sem gols agradou mais aos paranaenses do que aos paulistas. Os mais de 43 mil torcedores que encheram o Morumbi e soltaram vaias após o apito final vão para a casa sabendo que precisarão seguir apoiando a equipe para evitar o inédito rebaixamento.
São Paulo e Athletico continuam na capital paulista em seus próximos compromissos. O time do Morumbi recebe o Sport em seus domínios, no sábado (27), às 21h30 (de Brasília). Já a equipe paranaense visita o Corinthians um dia depois (28), às 16h (de Brasília).
Foi bem: Gabriel Sara
A polivalência de Gabriel Sara segue sendo um dos trunfos do São Paulo na temporada. Escalado como meia pela direita, o camisa 21 criou as principais jogadas da equipe no primeiro tempo, sempre indo em direção ao ataque para tentar terminar o que ele mesmo começou. No segundo tempo, foi deslocado para a ala esquerda, quando Rogério Ceni decidiu mudar o esquema tático da equipe. Mais uma vez, era com ele que o São Paulo saía para tentar atacar o Athletico.
Foi mal: Reinaldo
Titular absoluto de Ceni, o lateral teve uma atuação bastante apagada nas vezes em que subiu ao ataque. Atrás, quase trouxe problemas para a equipe ao entrar forte em Renato Kayzer. O cartão amarelo recebido corria o risco de virar vermelho na consulta ao VAR.
Rigoni e Sara ditam o ritmo do primeiro tempo, mas São Paulo não marca
O São Paulo começou com tudo o primeiro tempo. Conduzido por Gabriel Sara e Emiliano Rigoni pela direita, a equipe de Rogério Ceni criou quatro chances de perigo em apenas 11 minutos de jogo. O gol não saiu por um detalhe. No lance mais claro, Arboleda lançou da defesa, Marquinhos ganhou a disputa pelo alto e a bola sobrou para Calleri, que tocou por cima para Rigoni. O argentino deu um leve desvio e Santos defendeu com o pé.
As jogadas de perigo do São Paulo quase sempre passavam pelos pés de Gabriel Sara. Escalado no lado direito do losango formado por Rogério Ceni no meio, o jovem invertia de posição com Rigoni e, com frequência, aparecia dentro da área para completar as jogadas que começavam no pé dele. Foi assim no primeiro minuto de partida, quando lançou Rigoni pela direita e rapidamente correu para dentro da área para tentar aproveitar o rebote do goleiro Santos.
Com a cabeça em Montevidéu, Athletico some no primeiro tempo
Quatro dias depois da conquista da Copa Sul-Americana, o Athletico parece não ter virado a chave para a reta final do Brasileirão. A equipe se mostrou dispersa, com muitos erros de passe - foram apenas 59% dos passes certos na primeira etapa, contra 83% do São Paulo.
Ofensivamente, a equipe de Alberto Valentim não existiu. O Athletico terminou o primeiro tempo sem arriscar nem uma finalização sequer no gol de Tiago Volpi. O São Paulo chutou 11 vezes em direção a Santos.
O ritmo também era lento na reposição de bola. Ainda no primeiro tempo, o goleiro Santos recebeu cartão amarelo por excessivas vezes demorar para cobrar faltas e tiros de meta.
Reinaldo entra forte, e Renato Kayzer sai chorando
Uma jogada aos 13 minutos do primeiro tempo poderia ter mudado a história do jogo. O São Paulo era melhor e pressionava pelo gol quando Reinaldo chegou atrasado e deu um forte pisão no tornozelo de Renato Kayzer. O árbitro Leandro Pedro Vuaden deu cartão amarelo e, depois de aguardar a análise do VAR, manteve a decisão.
Se Reinaldo se livrou de deixar o campo mais cedo, o mesmo não aconteceu com Kayzer. Com muitas dores no local da jogada, ele pediu para ser substituído 10 minutos depois. Alberto Valentim colocou Pedro Rocha em seu lugar.
Ceni muda o esquema no segundo tempo
Rogério Ceni evitou correr o risco de perder Reinaldo por causa de um segundo cartão amarelo. Ainda no intervalo, o treinador substituiu o lateral-esquerdo e aproveitou para mudar o esquema tático do São Paulo, com as entradas de Léo e Benítez, que ocupou a posição de Marquinhos.
Com as mudanças, Gabriel Sara deixou a posição de meia pela direita para ocupar a ala-esquerda. Atrás, a defesa voltava a ser formada por três zagueiros: Arboleda, Miranda e Léo.
A troca pouco mudou o cenário do jogo. O São Paulo seguiu mais incisivo, mas continuava apresentando falta de repertório depois de que passava do meio de campo. As jogadas quando não eram construídas por baixo, com Gabriel Sara dando opção, acabavam em cruzamentos sem perigo para a área.
O jogo do São Paulo: ritmo intenso nos inícios de tempo
Apoiado por pouco mais de 43 mil torcedores, o São Paulo adotou uma tática parecida nos dois tempos. Os primeiros 15 minutos de cada etapa foram de muita pressão para cima do Athletico. A maior parte das jogadas eram construídas em velocidade pelas laterais, com Gabriel Sara sendo o responsável pela criação da maior parte delas.
O jogo do Athletico: jogo tranquilo e sem perigo
O Athletico foi ao Morumbi com pouca disposição para incomodar o São Paulo. A equipe de Alberto Valentim aguardou o máximo que deu para começar a sair para o jogo. A primeira finalização em direção ao gol de Tiago Volpi aconteceu apenas aos 10 minutos do segundo tempo. Na parte final, a equipe até tentou forçar contra-ataques, mas nenhum levou perigo.
Igor Vinícius chega aos 100 jogos pelo São Paulo
A partida foi importante para o lateral-direito Igor Vinícius. Em uma temporada irregular, em que brigou constantemente por posição, o camisa 2 atingiu a marca de 100 jogos pelo São Paulo.
Em campo, o lateral fez um jogo seguro, com pouca participação no ataque, mas sem comprometer na defesa. Aos 38 minutos do segundo tempo, ele foi substituído por Orejuela.
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