Comandado por Diniz, o Tricolor chegou a abrir sete pontos de vantagem para o vice-líder na edição 2020 do Brasileirão, encaixou grandes jogos e recuperou jogadores. Mas ficou no quase. Uma sequência de sete jogos sem vencer, com direito a eliminação da Copa do Brasil, goleada histórica sofrida em casa e uma discussão pública com Tchê Tchê implodiram o ambiente de Diniz no clube e culminaram na demissão do treinador, hoje no comando do Santos. Contratado em setembro de 2019, o treinador deixou o clube sem conquistar nenhum título. Foram 74 jogos, com 34 vitórias, 20 empates e 20 derrotas, com 115 gols marcados, 84 gols sofridos e um aproveitamento de 55,0%.
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Os dois times têm um início de Brasileiro conturbado. Com quatro pontos em quatro jogos, o Santos ocupa a 13ª posição na tabela. O São Paulo tem campanha pior, somou só dois pontos no torneio até aqui, ainda não venceu e está na 16ª posição, uma acima da zona de rebaixamento. Uma derrota na noite deste domingo pode trazer para Hernán Crespo e o elenco uma pressão desnecessária para um trabalho que é promissor.
Diante de Fluminense, Atlético-GO e Atlético-MG, o Tricolor foi presa fácil e somou um ponto nesses três jogos. Em nenhuma delas o time de Crespo conseguiu demonstrar a intensidade que a equipe havia imprimido contra os adversários do Paulista e da Libertadores.
Além disso, por conta dos desfalques, Crespo foi obrigado a mudar suas ideias. Contra a Chapecoense, ousou e escalou o time com quatro jogadores de perfil ofensivo —Rigoni, Rojas, Luciano e Éder—quatro atacantes que foram distribuídos em posições diferentes. Ao mesmo tempo, já sem Miranda, que se lesionou contra o Atlético-MG abriu mão da linha de três zagueiros e ainda improvisou Reinaldo na quarta zaga, abrindo espaço para Gabriel Sara na lateral esquerda.
A ideia deu certo, e logo de cara o time abriu o placar com Eder. Só que a expulsão de Rodrigo Nestor, ainda no primeiro tempo, frustrou os planos de Crespo e culminou no empate do time catarinense, impondo aos donos da casa uma sequência de quatro jogos sem vitória.
Com os desfalques de Miranda, lesionado, e Arboleda, servindo a seleção equatoriana, Crespo pode ter de recorrer justamente a uma saída encontrada por Diniz para formar a zaga do São Paulo. Em um momento em que o time sofria muitos gols, o então treinador apostou na dupla entre Diego Costa e Léo Pelé, lateral esquerdo de origem, mas que virou titular de Crespo nesta temporada. Os dois podem formar o trio de beques com Bruno Alves. Mas Reinaldo, improvisado na posição contra a Chape, pode continuar ali.
O maior problema de Crespo está no setor de criação. Com um gol em quatro jogos, o São Paulo é o um dos piores ataques da competição. Muito se deve pelas ausências de Martín Benítez e Daniel Alves. Benítez trabalhou com bola durante a semana, e pode ser relacionado para o clássico. Já o lateral não tem previsão de volta. Os dois não entram em campo desde o primeiro jogo da final do Paulista, há um mês,
Como alternativa, Crespo tentou com que o time fosse mais agressivo pelos lados do campo, como por exemplo contra a Chapecoense, quando escalou Rojas e Rigoni para jogar abertos para dar amplitude ao time, mais a dupla de ataque formada por Eder e Rigoni, responsáveis por 11 gols nesta temporada.
Sem Benítez e com três zagueiros, Rigoni, que já deu duas assistências e marcou um gol em quatro jogos, deve ser deslocado para o meio de campo, atuando atrás dos atacantes, na tentativa de criar oportunidades de gols para seus companheiros e acionar os alas Igor Vinicius e Reinaldo, ou Wellington, na busca pela primeira vitória do São Paulo neste Brasileiro.
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