Praticamente um ano depois, o treinador reencontra seu ex-clube pela primeira vez após um período distante do futebol. Neste sábado, às 19h, na Vila Belmiro, o Santos encara o Tricolor sob o comando de um Cuca que, até agora, vem conseguindo colocar sua filosofia na equipe santista.
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O reencontro não causará muita nostalgia no torcedor são-paulino. Isso porque foram apenas cinco meses de uma relação muitas vezes de desconfiança. Dentro de campo, ele teve um aproveitamento de 47,4%, em 26 jogos à frente do time. Foram nove vitórias, dez empates e sete derrotas.
Cuca, por sua vez, tem a chance de mostrar que, caso tivessem a paciência para que ele pudesse administrar o elenco, melhores frutos teriam sido colhidos. Fernando Diniz assumiu seu lugar para dar sequência ao trabalho.
No Santos, Cuca vem conquistando essa paciência dos torcedores e tem, até agora no Campeonato Brasileiro, apresentado resultados. Em nove jogos no comando do Peixe, Cuca acumula quatro vitórias, dois empates e três derrotas. Um aproveitamento de 51,9%.
Legado de Cuca no São Paulo
Embora a relação entre o treinador e o Tricolor não tenha terminado da melhor maneira, ainda há marcas deixadas por Cuca. Tchê Tchê e Vitor Bueno, dois titulares do time atual, foram pedidos do treinador logo que assumiu o cargo.
Outro jogador que vem conquistando espaço e foi uma aposta de Cuca (pelo menos para os treinos) é o zagueiro Diego Costa. O jovem de 21 anos subiu para os profissionais com Cuca e recebeu elogios do treinador na época. Ele não foi utilizado em jogos, mas foi relacionado pela primeira vez pelo treinador.
Apesar desses três jogadores, a equipe titular do São Paulo sofreu profundas mudanças do dia em que Cuca pediu demissão até agora.
Compare:
São Paulo 0 x 1 Goiás - 25/09/2019: última escalação do São Paulo sob o comando de Cuca
Tiago Volpi, Igor Vinicius, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê e Daniel Alves; Toró, Everton e Pablo.
Santos x São Paulo - 12/09/2020: provável Tricolor para o clássico
Tiago Volpi, Igor Vinicius, Diego, Léo e Reinaldo; Tchê Tchê, Hernanes (Igor Gomes), Gabriel Sara e Vitor Bueno; Brenner (Paulinho Boia) e Luciano.
O novo Cuca
Cuca retornou ao Santos após o período sabático ciente de que teria muito trabalho pela frente e que as responsabilidades não se limitavam só ao desempenho do time em campo.
O técnico reassumiu o Santos no mês passado, em momento de crise interna e financeira. Ele tem sido um dos principais responsáveis por tentar "arrumar a casa", com importante papel nos bastidores.
Uma de suas primeiras atitudes ao chegar no Santos, por exemplo, foi entrar em contato com Eduardo Sasha e Everson, que à época processavam o clube, pedindo rescisão contratual.
Depois do diálogo com o treinador, o atacante fez um acordo e o goleiro foi reintegrado ao elenco após ser derrotado na Justiça. Mais tarde, ambos foram vendidos ao Atlético-MG e renderam R$ 16 milhões ao Peixe.
Dentro de campo, Cuca também tem agradado grande parte da torcida e, principalmente, o elenco. O técnico, bom na gestão do grupo, conseguiu recuperar a confiança dos jogadores e, aos poucos, tem conseguido resultados. Além disso, vem testando variações táticas inéditas no Peixe, como foi na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, na última quarta-feira.
Agora, Cuca tem trabalhado em conjunto com o Santos para tentar o desbloqueio da punição da Fifa que impede o clube de registrar novos jogadores. O Peixe deve cerca de R$ 30 milhões ao Hamburgo, da Alemanha, por causa da compra do zagueiro Cleber Reis em 2017.
Os volantes Elias, Zé Welison e Thaciano e o zagueiro Laércio são reforços engatilhados e aguardam a liberação para poderem jogar pelo Peixe.
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