Líder do Grupo 4 da Libertadores, o São Paulo terá um novo desafio nesta quarta-feira, no Estádio Centenário, contra o Defensor. Em princípio, o clube uruguaio não mete medo, mas o Tricolor tem o Flamengo como exemplo de que o sinal de alerta deve ser ligado.

O clube carioca enfrentou o Defensor nas oitavas-de-final da Libertadores de 2007 e, depois de fazer a segunda melhor campanha da primeira fase, foi surpreendentemente eliminado por este time de pouca tradição no continente.

Na ocasião, o Flamengo tropeçou nos seus próprios erros e praticamente deu adeus à competição na partida de ida, quando perdeu por 3 a 0, no mesmo palco do jogo desta quarta do São Paulo. Com pouca presença de torcedores do Defensor, o Rubro-Negro entrou com o salto maior do que as chuteiras e voltou para casa em crise. No Maracanã, o 2 a 0 a favor foi insuficiente.

Um dos motivos da turbulência foi a discussão de Juninho Paulista com o técnico Ney Franco no intervalo. O jogador não gostou de ser substituído no intervalo e soltou o verbo para cima do comandante, causando mal-estar no grupo, que culminou no péssimo segundo tempo que o Flamengo fez.

Tarimbado em Libertadores, o São Paulo não deve cair nos mesmos erros. Até porque o Defensor tem a mesma quantidade de pontos (quatro) e é um concorrente direto na luta por uma das vagas à próxima fase. Como não deve haver pressão da torcida, pois o estádio é grande e o tamanho do clube inversamente proporcional, o São Paulo tem de impor seu ritmo para voltar do Uruguai com um bom resultado.

O apoiador De Souza é um dos destaques do time e foi um terror para o Flamengo há duas temporadas. Outro destaque daquela equipe era o zagueiro Sorondo, que agora está no Internacional. Se o Defensor estiver em vantagem no marcador, o São Paulo tem de se preparar para a cera do goleir Silva.