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Abraço de Jardine em Nenê simboliza "bolha" em que vive o atleta brasileiro

No intervalo da partida entre ?São Paulo e Sport, nesta segunda-feira, no Morumbi, Nenê deixava o gramado esbravejando quando foi questionado pela repórter do SporTV, Fabíola Andrade, sobre o motivo daquela reação. Respondeu que a jornalista estava "sempre" querendo criar polêmica, mas depois explicou que sua irritação era com o fato de que a equipe não estava conseguindo (como não conseguiu) o resultado desejado. Na etapa final, o próprio camisa 10 teve a oportunidade de mudar este destino, mas desperdiçou um pênalti. Substituído, recebeu à beira do gramado um caloroso abraço do técnico André Jardine, mas isso não amenizou as vaias. Mais tarde, admitiu que sua cobrança foi ruim e que também o teria xingado.



Talvez esta seja apenas uma sequência de fatos, mas mostra bem a verdadeira bolha na qual alguns jogadores estão envolvidos. Se um repórter que está trabalhando vê um jogador ter alguma reação diferente do normal, cabe ao mesmo perguntar para saber o que está acontecendo. Isso não se chama "criar polêmica". Isso se chama jornalismo, atividade baseada na apuração e divulgação dos fatos. Se um jogador atua mal, bate um pênalti de uma forma bisonha e é recebido da forma com que o camisa 10 foi acalentado pelo seu comandante, isso também encobre uma série de fatos.

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São Paulo x America MG - Brasileirao 2018
A confirmação de Jardine como treinador do Tricolor em 2019 é algo que agrada o grupo de atletas tricolores, principalmente as estrelas que se sentem "donas do vestiário". E não seria ele ali, logo na primeira partida após a efetivação, que iria buscar uma explicação de seu comandado diante de tamanha pressão. Ao abraçá-lo de forma fervorosa, Jardine deu a nítida impressão de querer tirar das ombros de Nenê a culpa pelo 0 a 0 que deve custar a classificação direta à Libertadores. Mesmo que o próprio atleta diga que as vaias eram mais do que justas, não seria o técnico a corroborar esta posição de forma pública. Claro, isso é que o dá colocar poder demais nas mãos dos boleiros. Até o treinador se sente constrangido em externar uma posição que seria normal. Profissionais, principalmente os mais cascudos, têm condições de assumir responsabilidades. E, muitas vezes, os próprios treinadores fazem questão de esconder isso para ter um futuro mais estável no dia a dia do trabalho. E é assim que o futebol brasileiro seque cada vez mais andando para trás.

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