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Não perdoo a covardia de Aguirre hoje - Layla Reis

Procurei não pensar durante a semana na importância do clássico de hoje e nos possíveis erros que poderiam acontecer.

Me animei com a notícia do retorno do Everton, e que, pela primeira vez em 8 rodadas, o São Paulo não teria nenhum desfalques. Achei perfeito demais pra ser realidade, então pensei na falta de ritmo de jogo e entrosamento que o excesso de lesões poderia trazer. Porém, com 6 dias livres de treino, Aguirre tinha o tempo e a disponibilidade física a seu favor, além da casa e a torcida.



Ver Nene ausentando-se do primeiro treino da semana com problemas pessoais e Régis desligador também por problemas particulares, me preocupou. Mas se houvesse foco e coerência dentro de campo, teríamos um jogo de igual para igual. Tínhamos chances reais.

Clássico é clássico e todos os fatores contam. Acompanhei a semana do Palmeiras pra ter noção do que poderia nos acontecer e, me enganei ao fazer isso, porque o maior inimigo do São Paulo é o próprio São Paulo.

Desde o jogo contra o Paraná estamos jogando contra nós mesmos. Primeiro em gols contra, depois superando crises pelo goleiro que destoava da equipe. Ali começou a covardia. Não solucionamos a raiz de nossos problemas e a energia do goleiro tomou conta do time inteiro: falta confiança. Eno resultado disso é um time que não chuta a gol e, pra piorar, não sabe se defender. Perdemos ofensividade e defesa, perdemos a estrutura.

Aguirre mostrou-se um verdadeiro covarde. Lutou por um ponto contra o Botafogo e entra para um clássico com mais medo de perder do que vontade de vencer. Foi destruído por sua própria escalação, teve de correr atrás para corrigir seus erros queimando as substituições.

Com Everton e Arboleda a disposição, não faz sentido entrar com Rodrigo Caio e Bruno Peres improvisados e Anderson Martins na zaga.

Não faz sentido tirar Nene para colocar Everton, os dois devem jogar juntos. Não faz sentido Carneiro e Trellez sem meia de criação.

Aguirre perdeu hoje o clássico, o tabu(imperdoável) e a confiança da torcida.

O elenco perdeu a confiança, o entrosamento e a chance de lutar por título.

Estávamos com uma mão na taça. Entregamos de lambuja.

Aguirre começou seu erro sendo covarde na crise com Sidao desde o primeiro turno. Morre abraçado com esse goleiro e, agora, com Rodrigo Caio.

Time vencedor precisa ter coragem. Tem que saber o arroz com feijão e arriscar nos momentos de pressão. Retrancamos. Perdemos pontos para times pequenos em jogos considerados fáceis. Nós destruímos. Não soubemos o momento de reagir com inteligência. Perdemos o psicológico de reação.

Somos manjados(muito: em tática, substituições e elenco), covardes e perdidos.

Aguirre é tão manjado, que Felipão mexeu no time antevendo suas substituições.

Respeito o trabalho que Aguirre fez até aqui, tampouco estou pedindo a cabeça dele, que fique claro. Outro em seu lugar talvez sequer teria nos levado à liderança, mas faltou coragem e proatividade para manter. Morre abraçado com sua teimosia. Já vimos muitos teimosos, mas este nos comova mais porque nos provou ter potencial para chegar longe mas não teve coragem de seguir em frente.

Hoje foi um verdadeiro tapa na cara. Antes disputávamos o título, agora a libertadores entrou em cheque.

Triste. 57mil no Morumbi, uma massa de milhões no mundo afora de parabéns. Mais um ano que os protagonistas campeões somos nós.



Layla Reis

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