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Respondendo mentiras históricas atribuídas à SPFC

O sucesso incomoda o fracassado. O brasileiro de maneira geral tem o costume de preferir "sujar" o sucesso de alguém antes de buscar o próprio crescimento. Aqui segue alguns absurdos que os rivais dizem do Soberano e merecem uma analise. Essas estórias surgiram nos períodos que o São Paulo dominou o futebol brasileiro:

1 – MENTIRA: Que o São Paulo foi fundado em 1930, lá na beira da Marginal do Tietê.
RESPOSTA: O São Paulo foi fundado na Praça da República, número 28, no centro de São Paulo. Foi criado por dissidentes do CA Paulistano e integrantes da Associação Atlética das Palmeiras. A sede esportiva ficava na Chácara da Floresta, na Marginal do Rio Tietê. A propriedade era utilizada pela AAP.

2 – MENTIRA: Que por má administração, o clube faliu em 1934. Que tentaram recriar o clube, mas faliram novamente. Que as dívidas contraídas nunca foram pagas pelo São Paulo, mas pelo clube vizinho, o C.R.Tietê que aceitou incorporar o terreno, ficar com as taças e pagar todas as dívidas.
RESPOSTA: Os são-paulinos negam que estivessem enfrentando dificuldades financeiras, que teriam sido provocadas, em parte, pela compra do Palácio de Trocadero. O Tietê propôs a fusão numa época em que o clube andava às rusgas com a CBD, que levou quatro de seus atletas para o a Copa do Mundo da Itália. Como o Tietê não se dedicava ao futebol, mas a outras modalidades, a diretoria tricolor rachou e a parte que ficou contra a fusão, fundou o São Paulo Futebol Clube.

3 – VERDADE: Que finalmente o clube foi fundado em 1935 sem qualquer patrimônio. O clube foi fundado por integrantes que não concordaram com a fusão com o Tietê. Desta vez, a reunião de fundação foi feita na Rua 11 de Agosto, número 9A. Todo material inicial alugado. Daí vem o apelido de Clube da Fé: não tinham nada e deixaram para trás a formação elitista de 19 03, acreditando na construção de uma nova agremiação.

4 – MENTIRA: Que só sobreviveram nesta terceira fundação porque se fundiram com o C.A. Estudantes da Moóca, passando a mandar seus jogos naquele bairro.
RESPOSTA: Em 12 de setembro de 1938, o São Paulo incorporou o C.A. Estudantes Paulista, que era formado por ex-integrantes do próprio São Paulo de 1930 e jogava no campo da Companhia Antarctica Paulista, no bairro da Moóca. Mas não é verdade que o São Paulo precisou desta fusão para sobreviver. Ao contrário. O clube já pagava salários de atletas do Estudantes, que tinha sido enganado por um empresário que o levou a jogar amistosos na América do Sul. Tanto que, em agosto de 1938, o São Paulo venceu um amistoso com o Corinthians (3 a 0), utilizando vários titulares que pertenciam ao Estudantes.

5 – MENTIRA: Que o São Paulo foi salvo de nova falência por um jogo beneficente entre Palestra e Corinthians, o famoso jogo da barrica, assim chamado, pois colocaram uma barrica na entrada para o povo jogar dinheiro e ajudar o São Paulo a pagar suas dívidas.
RESPOSTA: Em 3 de julho de 1938, aproveitando a paralisação dos campeonatos por causa da Copa do Mundo da França, o São Paulo organizou um ”festival” de um dia, com a participação de Corinthians, Palmeiras e Portuguesa de Desportos. O clube colocou em disputa a Taça Henrique Mündel. Os anúncios colocados nos jornais da época informavam que a entrada seria gratuita e que, quem quisesse poderia contribuir com a quantia que bem desejasse. O dinheiro arrecadado foi repassado aos jogadores do Estudantes Paulista que enfrentavam dificuldades financeiras.

6 – MENTIRA: Que neste Jogo das Barricas, Porfírio da Paz andou no meio das torcidas adversárias com a bandeira do arco-íris, esticada, para o pessoal atirar algumas esmolas na bandeira.
RESPOSTA: Trata-se de provocação explícita. A bandeira com o arco-íris foi adotada em 25 de julho de 1978, durante a San Franciso Gay Freedom Day Parade, uma manifestação organizada no bairro de Castro, maior comunidade gay dos Estados Unidos. Ou seja, bem depois do Jogo das Barricas.

7 – MENTIRA: Que em 1942, com apenas sete anos de vida e sem patrimônio, foi salvo pela II Guerra Mundial.
RESPOSTA: Na década de 40, o São Paulo começou a construir um patrimônio, mas não há uma relação direta entre o conflito mundial e o fato do clube ter se fortalecido administrativamente.

8 – MENTIRA: Que por utilizar o nome da cidade eram aliados da elite politica (racista) e por isto não aceitavam atletas negros.
RESPOSTA: Desde o primeiro jogo de sua história, em 1930, o São Paulo tinha em seu quadro o atleta negro Bino, vindo da Ponte Preta. Sem falar em Artur Friedreich, um mulato que se tornou um dos grandes nomes do futebol brasileiro.

9 – MENTIRA: Que tentaram a todo custo se apropriar do estádio Palestra Itália já que o Brasil havia declarado Guerra ao Eixo. Que não conseguindo tomar o estádio do Palestra, conseguiram ao menos tomar de graça um Clube Alemão (Germânia) lá na região da Marginal Tietê (Canindé).
RESPOSTA: O São Paulo nunca teve essa pretensão. E o clube que se fundiu ao São Paulo não foi o Germania. Em janeiro de 1942, o São Paulo iniciou um processo de incorporação da Associação Alemã de Esportes, batizada de Deutsche Sport Club. Este clube tinha uma sede alugada no Canindé, que pertencia a um casal de italianos. A DSC, pressionada pelo governo brasileiro, optou por ser incorporada por um clube brasileiro. Corinthians não se interessou. O Palestra Itália também. Em março de 42, o Conselho Deliberativo do São Paulo votou a favor. Detalhe, tudo isso aconteceu antes que o governo de Getúlio Vargas declarasse guerra aos países do Eixo.

10 – MENTIRA: Que neste mesmo ano, 1942, o São Paulo fugiu do gramado para não ser goleado pelo Palmeiras, na final do Paulistão.
RESPOSTA: O jogo foi disputado sobtensão. Pressionados pelo governo, os palestrinos tiveram que mudar de nome para “abrasileirar” o clube. De início, tentaram mudar para Palestra São Paulo. Já com o nome Palmeiras, o time entrou em campo portando a bandeira do Brasil. Os torcedores do São Paulo, que preparavam uma vaia, uniram-se aos aplausos. Mas, durante o jogo, passaram a reclamar da atuação do árbitro Jayme Rodrigues Janeiro. Ele permitiu que o jogo enveredasse para a violência. O Palmeiras vencia por 2 a 1, quando Janeiro marcou um pênalti contra o São Paulo e ainda expulsou o infrator, Virgílio. Os tricolores reclamaram e o capitão Luizinho, que já tinha passado pelo Palestra, chamou os diretores e disse que a partida estava “armada”. O time então decidiu não jogar mais. Ficou no campo até o juiz dar a partida por encerrada depois de constatar que o São Paulo não iria mais jogar.

11 – MENTIRA: Que 10 anos depois venderam para a Portuguesa o terreno que havia sido tomado de graça.
RESPOSTA: Ao incorporar o clube alemão em 1942, o São Paulo passou a pagar 80% do valor do aluguel do campo, que pertencia ao casal Vanucci, de italiano. Em 1944, o São Paulo comprou a área por 780 mil cruzeiros. O valor era quatro vezes maior do que foi investido na contratação de Leonidas da Silva. O clube só terminou de pagar esta dívida em 1951. Em 1955, vendeu o terreno para Wadi Saddi, conselheiro do próprio São Paulo e empresário do ramo de venda de carros, por 12 milhões de cruzeiros. No ano seguinte, ele vendeu o terreno para a Portuguesa de Desportos.

12 – MENTIRA: Que, como até meados da década de 50, não aceitava negros no seu elenco, para enganar diretores e torcedores os negros alisavam o cabelo e usavam um pó branco sobre a pele conhecido como pó de arroz.
RESPOSTA: Provocação. A referência é ao Fluminense no início do século 20.

13 – MENTIRA: Que um dos maiores craques do São Paulo só assumiu sua negritude quando foi jogar no Corinthians e tal fato foi tão importante para a sociedade negra do Brasil que uma empresa de alimentos criou um produto em sua homenagem.
RESPOSTA: O jogador foi Leônidas da Silva, a empresa foi a Lacta e o produto foi o chocolate Diamante Negro. Leônidas nunca jogou no Corinthians. O chocolate foi batizado com seu apelido, mas no final dos anos 30. Ele foi contratado pelo São Paulo em 1942. E Leônidas nunca escondeu suas origens raciais.

14 – MENTIRA: Que nos anos da ditadura sem explicar a origem do dinheiro, sem um clube de associados, sem rendas (pois jogava em estádios vazios pela péssima campanha), construíram o maior estádio particular do mundo. Que enquanto construía seu estádio, o São Paulo mandava seus jogos no Palestra Itália sem pagar aluguel, por caridade. Que Laudo Natel dirigente do São Paulo era Governador do Estado na época da construção do estádio. Antes mesmo de alugar o terreno do Canindé, em 1942, o São Paulo ostentava o quarto maior quadro social dos clubes de São Paulo (depois de Tietê, Corinthians e Palestra). Eram cerca de 10 mil associados que contribuíam somente para o futebol. Ajudaram a contratar Leônidas da Silva.
RESPOSTA: O estádio do Morumbi começou a ser construído em 1952 e a primeira fase, com um pouco mais de um terço do estádio pronto, foi inaugurada em 1960. A construção foi concluída em 1970, depois das obras andarem lentamente entre 1960 e 1968. Ou seja, começou 12 anos antes do golpe militar de 1964 e terminou seis anos depois. O impulso para os dois últimos anos de obras veio da venda do Carnê Paulistão, onde quem aderia pagava mensalidade e concorria a sorteios de carros e eletrodomésticos. Antes do São Paulo inaugurar a primeira parte do Morumbi, em 1960, ele mandava seus jogos no estádio do Pacaembu. Laudo Natel foi governador de São Paulo em duas ocasiões. Na primeira, em 1966, ele substituiu Ademar de Barros, que foi cassado pelo governo militar. Ficou nesta função por oito meses. Entre 1960 e 1968, as obras do Morumbi ficaram praticamente paradas. Depois, Natel voltaria ao Palácio do Governo em 1971, quando o estádio do Morumbi já tinha sido completado.

15 – MENTIRA: Que para inaugurar seu estádio (parcialmente acabado) precisou de dois jogadores do Palmeiras (Julinho e Djalma Santos) para reforçar seu time, que era medíocre demais, e arriscava apanhar no jogo de inauguração.
RESPOSTA: Para inaugurar o estádio, o São Paulo promoveu vários eventos festivos durante uma semana. No dia 2 de outubro de 1960, quando a inauguração oficial foi feita, o time paulista derrotou o Porto, de Portugal, por 1 a 0. Nesta partida, só atuaram atletas do elenco tricolor. No dia 9, numa festa de confraternização, foram convidados jogadores de outras equipes para participarem do jogo. O time de vários atletas venceu o Nacional do Uruguai por 3 a 0.

16 – MENTIRA: Que tinham o governador biônico (Laudo Natel), não eleito, imposto pela Ditadura como dirigente do clube, chegando a sentar no banco de reservas nas partidas para tirar o time da fila.
RESPOSTA: Nos anos 70, não só Laudo Natel como outros dirigentes ficavam no banco de reservas. E ele, de fato, participou de alguns jogos.

17 – VERDADE: Que o São Paulo é o único clube grande da capital que nunca vestiu a camisa da Seleção Brasileira. De fato, o São Paulo nunca representou a seleção brasileira. Mas o São Paulo é a agremiação que mais cedeu jogadores ao selecionado em Copas do Mundo: 47 convocações. E incluem nesta conta, os quatro atletas “roubados” pela CBD para o Mundial de 1934, além de Araken Patuska, “pirateado” pelo Flamengo em 1930.

18 – MENTIRA: Em 1936, primeiro uniforme do São Paulo foi dado pelo Corinthians. Um uniforme nas cores Branca, Vermelho e Preto. Que o uniforme era camisa branca com a manga direita Vermelha e a manga esquerda era Preta. Short branco com listra lateral e meias brancas.
RESPOSTA: Provocação explicita sem nenhum fundamento
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