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A Bipolaridade do Torcedor Tricolor - Parte 1

Salve Nação Tri-Mundial!

Eu, como costumeiramente faço aqui no site, gosto muito de observar o comportamento do torcedor do Soberano, pra tirar Minhas próprias conclusões e encontrar pretextos que me ajudem a compreender a atitude de grande parte deles.

É impressionante o quanto o torcedor tem se tornado cada dia mais chato e, talvez, boa parte da razão de tamanho jejum de 6 anos e meio sem títulos. A torcida faz, sim, um papel muito importante no desempenho do time dentro de campo e, principalmente, nos bastidores, e parece que a nossa nunca vai conseguir entender isso.

"Ah, a gente tem o direito de protestar, já que a gente não ganha nada há anos!" Concordo com você, torcedor. Agora, o protesto deve ser feito pra acordar a administração, o elenco, o treinador, afinal eles são funcionários da instituição São Paulo Futebol Clube. O que se faz aqui é cornetas, é desestimular, é destruir qualquer trabalho antes mesmo que ele começasse.

Nem preciso voltar muito tempo para ilustrar a imagem que noto nessa "torcida bipolar".
Recordo-me quando, após a volta da Copa do Mundo de 2018, tivemos uma partida de confronto direto pela liderança contra o Flamengo, em pleno Estádio do Maracanã. Naquela ocasião, o São Paulo venceu a partida por 1-0, numa atuação muito sólida da defesa (E nisso incluo o Sifão, que fez uma partida muito boa - não necessariamente sólida) e um gol bem construído e finalizado pelo Everton.
Impressionante o quanto a torcida se empolgou, acreditou no trabalho do então técnico Diego Aguirre e começou a Campanha "Renova Aguirre", durante todo o 1° Turno. A torcida lotava estádio, gritava o nome do time, saía com a Camisa, gritava segue o líder e aplaudida de pé Nenê, Jucilei, Hudson, Anderson Martins, Reinaldo e Diego Souza. Diego Aguirre era considerado "a raça uruguaia que faltava ao Soberano" e, atrelada aos resultados e seguidos títulos de André Jardine nos seus trabalhos com o sub-20, seria a dupla ideal para reformas às Glórias do Passado. Aproveito pra ressaltar que vi MUITA gente aqui enaltecendo o trabalho do contestadíssimo Leco àquela época.

Passou-se o 1° turno, com uma campanha muito sólida e, devido a limitações do elenco, e uma queda do desempenho, os mesmos nomes que eram enaltecidos 4 meses antes, tornaram-se alvo de perseguições, críticas e, até mesmo, ofensas. Aguirre passou de exemplo de raça a "professor pardal". Nenê passou de protagonista a "mercenário biquinho". Jucilei de monstro passou a "pesadão". Rodrigo Caio (não defendendo) passou de prodígio a "zagueiro de condomínio".

Dali em diante, o trabalho desandou. E a torcida, aqui neste mesmo blog, começou a apostar no trabalho vitorioso do Jardine. Pedido atendido pela diretoria.

Agora eu questiono: AFINAL, O QUE VOCÊ QUER, TORCEDOR? Jardine está há 15 dias no comando do time, com peças novas (muito bem contratadas, por sinal) e, por causa de 2 derrotas em um torneio amistoso, contra 2 ótimos clubes europeus, Jardine deixa de ser um possível bom técnico e vocês já cantam seu fracasso, intitulando-o de "estagiario"? (Lembrem-se do que foi feito com o "estagiário" Rogério Ceni em 2017 e a resposta em 2018 no Fortaleza).

Eu, como torcedor do São Paulo Futebol Clube, quero, sim, resultados positivos. Acima de tudo, eu acredito no potencial de quem está ali todos os dias trabalhando. Acredito, também, que Jardine tem toda capacidade de unir esse grupo e trazer bons resultados para o clube em 2019. Para isso, a torcida tem apenas duas funções: Torcer e Empurrar o Time.

Falta no SPFC mais torcedores e menos Corneteiros!

Avante, Tricolor!
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