Nilmar vive um dilema para chegar ao São Paulo (Foto: Reuters)
A relação entre Nilmar e seu atual clube, o Villarreal, não é nada boa. A decisão de não relacioná-lo pela segunda vez seguida, dessa vez para o jogo contra o Barcelona, deixou o atacante furioso.
Enquanto seu empresário, Orlando da Hora, e seu advogado, André Ribeiro, participam da negociação com o São Paulo, Nilmar treinou durante toda a semana em Castellón e esperava enfrentar a melhor equipe do mundo. Porém, o técnico José Francisco Molina, com aval da diretoria, o barrou.
– Não acho bom um jogador entrar em campo com uma negociação aberta. Ele não está com a cabeça 100% na equipe – justificou.
Nilmar discorda. Até explicou aos companheiros que estava pronto para entrar em campo e tentar ajudar a tirar o time de situação incômoda na tabela. No Brasil, Da Hora também ficou indignado e reforçou as críticas contra o Villarreal, que haviam começado quando o clube começou a negociar a venda do atacante sem sua participação.
Neste sábado, deve haver mais um encontro entre o agente e Adalberto Baptista, diretor de futebol do Tricolor. A proposta inicial de R$ 5 milhões por ano para cinco anos de contrato agradou. Ela envolve luvas, bônus e o empresário tenta conseguir mais.
Além disso, o clube paulista tem de definir os últimos detalhes da captação de recursos que serão utilizados na contratação. O São Paulo vai pagar ao Villarreal 10 milhões de euros (R$ 22,8 mi), que podem chegar a R$ 27 milhões caso o jogador conquiste metas e títulos no Morumbi.
O que falta definir:
Salário
Na última terça-feira, o São Paulo propôs um contrato de cinco anos, com vencimentos totais de R$ 5 milhões por temporada. Orlando da Hora gostou, mas tenta conseguir mais para seu jogador. Acerto não está distante e pode acontecer nas próximas reuniões. Uma está prevista para hoje.
Forma de pagamento
Tricolor tenta ajustar as últimas arestas do sistema de captação de recursos para pagar o Villarreal e o jogador. O projeto prevê ajuda de torcedores e até investidores para ter Nilmar no Morumbi. O clube espanhol aprovou desde o início o formato do negócio, mas quer pressa para usar o dinheiro.