E vai ter que mostrar, logo de cara, se entendeu as ordens do presidente Juvenal Juvêncio. Em entrevista ao programa TV Soberano, exibido pelo canal Bandsports, o dirigente disse o que quer: “Eu quero aquilo que falou em 2011 e que não pode faltar no São Paulo: muita vergonha, muita garra, muita luta, muita competição, muito querer do cidadão. Quero guerreiros, quero valentes”.
O dirigente terminou este discurso com uma ameaça: “E aquele que não cumprir este desiderato, sai. Tenha nome ou sem nome, anônimo ou não ou estrelado: sai”.

Desde o final do ano passado, Juvenal e seus auxiliares no futebol chegaram à conclusão que o problema do São Paulo foi falta de empenho em campo de vários atletas. Os que estavam na mira foram negociados no início de 2012. Ainda faltam mais alguns. “Vamos ainda negociar mais dois ou três. Não dou nomes porque criaria mal estar”, afirmou Juvenal.
Nesta semana, dois jogadores apareceram no noticiário com a possibilidade de trocarem de clube. O garoto Henrique, atacante eleito o melhor do último Mundial Sub-20, casou na sexta-feira e está indo para o Queens Park Rangers, da Inglaterra. E o lateral-esquerdo Juan pode se transferir para o Santos.
Desde o início da pré-temporada, o técnico Émerson Leão vem falando aos jogadores um discurso alinhado com o do presidente do São Paulo. “A equipe vai ter que mostrar transpiração em campo”, disse ao Blog do Boleiro.
Ele ainda quer reforços. Pode ganhar o atacante Nilmar nos próximos dias. Embora o empresário do atleta diga que ele não quer voltar mais ao Brasil agora, a presença de um dirigente do Villareal em São Paulo indica que Nilmar pode ter dado sinal verde para uma negociação entre os dois clubes.
Na noite de sexta-feira, torcedores comemoravam o fato do volante Casemiro entrar na negociação. Esta informação não foi confirmada pela assessoria do São Paulo. Juvenal disse, na semana passada, que o jovem atleta estava nos planos para esta temporada. Mas, no final de 2011, Caemiro foi um dos atletas mais criticados por dirigentes tricolores pela falta de empenho em campo.