Destaque do Bahia no ano passado, uma das novidades da defesa são-paulina quer esquecer as pegadas que deixou nas praias do Nordeste.

Paulo Miranda sofre para encontrar chuteiras do tamanho de seus pés e às vezes apela para números menores
Paulo Miranda, 23, 1,85 m de altura, tem aquilo que a imensa maioria dos jogadores não têm: pés tamanho 45.
Isso não é necessariamente uma vantagem. Tanto que Paulo Miranda não quer mais lembrar deles. O beque paranaense costumava falar abertamente sobre a dificuldade de achar chuteiras, tênis e sapatos para seus enormes pés.
Revelou até a inusitada estratégia de comprar chuteiras um número menor, o máximo disponível nas prateleiras das lojas de calçado, e ir "amaciando-as" aos poucos.
"A primeira semana é difícil, viu?", revelou em julho ao jornal baiano "Correio".
Procurado pela Folha para uma entrevista sobre o assunto, Paulo Miranda se esquivou. Por meio da assessoria do clube, disse que estava chegando agora ao São Paulo --foi apresentado no começo do ano-- e que achava melhor não falar sobre seus pés.
Mas o zagueiro já colheu os frutos de sua nova vida em São Paulo. No fim de 2011, assinou contrato com a Adidas, que agora fornece seu material esportivo pessoal.
"Temos uma grade de chuteiras no Brasil que vai do número 37 ao número 45", afirmou a empresa alemã. "Portanto, a Adidas conseguirá atendê-lo sem problemas."
Aos 19 anos, o zagueiro chegou ao Iraty-PR, clube que o revelou, e agradou de cara o treinador Karmino Colombini. Exceto por um detalhe. "Para zagueiro, Jonathan Doin não dava. Era preciso outro nome", disse o técnico.
Um zagueiro local acabara de se aposentar. "Na preleção, o chamei de Paulo Miranda. Ele foi bem no jogo. O nome pegou, é mais forte."