"Não é só um treinador, é também um disciplinador. Isso é importante para o grupo, não pode ter nenhum tipo de acomodação", falou Cleber Santana, que deixou em sua primeira passagem exatamente a imagem de alguém desinteressado. Algo que deseja mudar para, no Paulista, provar que merece ficar.
"Tenho condições, não tenho dúvida disso. É um grupo grande e só pode começar com 11. Isso cabe ao treinador. Tenho que respeitar os outros atletas durante os jogos e treinamentos e deixar o técnico quebrar a cabeça para montar o time", disse, político, o jogador que tem vínculo com o clube até 31 de janeiro de 2013.

O meio-campista, contratado com aval de Ricardo Gomes em 2010, foi liberado do clube do Morumbi por Paulo César Carpegiani no início do ano passado. Publicamente, não reclama de sua passagem pelo Atlético-PR, mesmo com um rebaixamento colocado no currículo aos 30 anos - completará 31 em junho.
"Não tive muitas chances. Joguei os primeiros jogos, a equipe vinha bem, mas, por opção do treinador, sai do time. Isso é normal, fui buscar meu espaço em outro clube. Faz parte do futebol e estou com a consciência tranquila. Eu me senti bem no Atlético-PR", afirmou.
Apesar de Leão não demonstrar muito entusiasmo para utilizá-lo e a diretoria se dispor a ouvir qualquer oferta por ele, Cleber Santana tenta colocar em seu discurso um tom de otimismo. O meio-campista terá o Campeonato Paulista como única oportunidade de mostrar que merece sobrevida no Morumbi.
"Fico feliz de ter voltado e espero que possamos ter um 2012 de conquistas e vitórias. Isso é muito importante não só para mim, mas também para todos que já estavam aqui no elenco. A torcida espera por isso", comentou o jogador que, em sua primeira passagem pela equipe, atuou em 48 partidas e fez três gols.