Uma das melhores atletas brasileiras da atualidade, a paulista Maurren Maggi, hoje aos 35 anos de idade, ainda está longe de abandonar as pistas. Seus planos incluem até mesmo disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Sua primeira participação olímpica foi no ano de 2000, em Sydney, na Austrália, onde ela ficou numa discreta 25ª posição. A partir daí, Maurren foi crescendo e se tornou uma promessa do atletismo brasileiro.
A atleta levou um grande baque ao ser flagrada no exame antidoping dias antes dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003. A saltadora foi suspensa por dois anos pela presença da substância Clostebol Metabolite em seu organismo, que aumenta a força e a potência muscular da atleta. Segundo Maurren, a substância surgiu por causa do Novaderm, creme para cicatrização que ela teria usado após uma sessão de depilação permanente, no dia anterior ao exame. A suspensão tirou a paulista das Olimpíadas de Atenas, na Grécia.
Foto: JEFFERSON BERNARDES/VIPCOM
Sua volta por cima aconteceu no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007. A atleta superou seus medos e traumas da paralisação ao levar a medalha de ouro no salto em distância e ficou próxima do pódio no salto triplo. Mas este foi apenas um aperitivo do que viria a acontecer no ano seguinte, em Pequim. Maurren emocionou todo o mundo ao subir no lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos de 2008. Chorando, a brasileira saiu para a volta olímpica com a bandeira brasileira e uma pequena bandeira chinesa. Ela dedicou esta vitória à sua filha, Sophia: “É pela Sofia que eu estou aqui. Tenho certeza de que Deus fez um caminho diferente, mas para dar tudo certo. E a minha preciosidade está em casa para me acompanhar nisso".
Este pode ser considerado como o ano de altos e baixos para Maurren Maggi. Ela conquistou o tri dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, no México, com um incrível salto de 6,94m, mas decepcionou no Mundial de Daegu, Coreia do Sul, quando terminou apenas no 11º lugar. Apesar do desempenho no Mundial, a saltadora ficou satisfeita com seus resultados no ano. “Foi minha primeira temporada completa após a cirurgia no joelho, e consegui voltar a figurar entre as dez melhores saltadoras do mundo.” Ao lado de Fabiana Murer, a paulista é um dos destaques do Brasil nos próximos Jogos Olímpicos e uma das esperanças do torcedor brasileiro por medalhas na competição.
