Um dos principais motivos para a contratação de Fabrício foi o fato de a diretoria do São Paulo ver o jogador como um líder. Irritada com a postura do time durante a última temporada, a cúpula quer uma equipe mais aguerrida dentro de campo.
E, em sua primeira entrevista coletiva, o volante foi firme nas respostas e fugiu do tradicional discurso vazio dos jogadores de futebol:
- O time tem que ganhar. Se acostumar com a vitória e odiar perder. Perder é ruim, muito ruim. Essa é a melhor época do ano. Durante a pré-temporada todo mundo é bom. Mas quando começar os jogos muda tudo. No futebol é assim: ou você ganha ou é horroroso.
Fabrício tem consciência que o discurso, na verdade, pode não valer nada. Isso, se dentro de campo, ele não tiver a mesma postura. O jogador promete não se poupar para vencer as partidas pelo novo clube.
- Eu acho que as críticas são normais pela fase do time. O São Paulo é um clube acostumado a ganhar e ficou fora da Libertadores, e a torcida está acostumada com títulos. Vale aquela palavra de incentivo, mas não adianta ficar de blá blá blá. As pessoas estão cansadas disso, e não é só no futebol. Às vezes, você dá um ou dois carrinhos e o pessoal gosta. Os torcedores gostam de atitude - enfatizou o volante, que ainda não tem número de camisa definido.
Ele ainda não treinou no gramado com os demais atletas. Isso porque voltou das férias com uma pequena dor no calcanhar esquerdo. Resultado de um desgastante fim de temporada no Cruzeiro, quando a equipe brigava contra o rebaixamento.
- Chegou um certo momento do campeonato em que não podia sentir dor. Eu não fazia nem exame para não ficar fora dos jogos. Foi no limite - declarou o atleta, que deve iniciar os trabalhos com todo o grupo na segunda ou terça-feira.