Personalidade forte do técnico combinada com ambiente atribulado podem ter efeitos devastadores no Morumbi
Até agora, a passagem de Emerson Leão pelo São Paulo não teve grandes polêmicas. A personalidade forte do treinador, porém, não pode ser ignorada. Sua presença no comando da equipe, combinada com problemas recorrentes dentro da diretoria, podem fazer com que o ambiente no Morumbi torne-se um problema em 2012.
Combinação perigosa
A personalidade de Leão todos já conhecem. O treinador não tem medo de entrar em confronto com quem ele acredita que merece e é famoso por punir com o banco de reservas grandes jogadores que bateram de frente com ele.
Se isso não é suficiente para tornar o ambiente são-paulino instável, há a cultura de alguns diretores tricolores de contestação ao trabalho dos treinadores. É só lembrar a passagem de Muricy Ramalho pelo clube para constatar o problema.
Na época, o time vencia dentro de campo e o treinador ia à imprensa para reclamar de contestações internas no clube. A situação foi escalando até o momento em que o clima tornou-se insustentável.
Até agora, Leão parece estar em um bom caminho, com boa relação com os diretores são-paulinos. Só que diante do histórico dos dois lados, não seria uma surpresa se de repente os desentendimentos começassem.
Os jogadores ajudam
Se há um aliado de Leão para manter um ambiente saudável no vestiário são-paulino é o grupo de jogadores que tem nas mãos. Com a saída de Dagoberto e Rivaldo, o grupo agora é formado em sua maioria por jogadores que não tem uma personalidade de confrontar o seu treinador.
Além disso, há uma série de jogadores jovens que costumam ser bem trabalhados pelo treinador. O melhor trabalho de sua carreira, no Santos de 2002 e 2003, foi calcado na construção de uma equipe com baixa média de idade, repleta de talentos sedentos para ouvir os conselhos de seu comandante.
Talvez o único risco que Leão corra na relação com os jogadores seja o fato que basta a insatisfação de um jogador são-paulino para que todo o grupo se volte contra ele; falo de Rogério Ceni.
O goleiro não tem um histórico de brigas com treinadores e sua relação com Leão parece ser das melhores. O poder que Rogério tem sobre o grupo de atletas com sua liderança, porém, pode fazer com que um desentendimento seja fatal para a sequência de Leão no comando tricolor.
São Paulo e Leão: um ambiente em equilíbrio instável
Fonte Goal
30 de Dezembro de 2011
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