Procurando resolver o mais rápido possível o caso de Xandão, que está suspenso por 30 dias por ter sido pego no antidoping, o São Paulo já tomou suas atitudes. Por meio de Carlos Portinho, advogado especialista em doping, o clube usará como defesa o caso de Rafael, goleiro do Cruzeiro, que foi flagrado com a mesma substância que o camisa 13 no ano passado.
Xandão não passou no exame realizado após a partida frente o Atlético/PR, na Arena da Baixada. Conforme explicado pelo departamento médico do time do Morumbi, o problema teria sido por causa do uso de um colírio para cuidar de uma conjuntivite.
- Nestes dois casos, tanto do Xandão como do goleiro Rafael, é com as imagens dos atletas que me preocupo. Porque nestes dois casos não há infração há regra de dopagem. A substância idêntica que acusou positiva nos exames é uma substância presente num colírio pra tratamento de conjuntivite, e o país nesse ano sofreu um surto de conjuntivite, e o medicamento traz essa substância, que pela legislação mundial só é proibida se o seu meio de uso for intravenal, intramuscular ou retal, ou seja, o uso dessa substância pelo meio oftalmológico, expressamente na legislação antidoping não é proibido - disse o advogado, ao site Justiça Desportiva.
O goleiro do clube mineiro, após ser suspenso por 15 dias, conseguiu uma liminar e, logo depois, foi absolvido pelo mesmo tribunal que fez a denúncia.
- O que eu discuto – e tive sucesso em todas as instâncias do TJD/MG no caso do Rafael, e que acredito que terei sucesso no recurso da Procuradoria que será julgado no STJD, assim como acredito que terei sucesso no caso do Xandão – simplesmente é que a legislação mundial não proíbe o uso dessa substância se for pela via ocular, que foi o caso de ambos os atletas - concluiu Portinho.
O julgamento do jogador deverá ser no início de fevereiro. Após 30 dias, Xandão estará liberado para jogar. Como todos os jogadores estão em férias, ele só será prejudicado caso seja condenado.