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"Se você começar a virar o rosto para o próprio espelho, não vai jogar no São Paulo no ano que vem. O jogador sem comprometimento não terá lugar no São Paulo no próximo ano", sentenciou o técnico, usando uma metáfora para definir os atletas apontados como ?mascarados'. É um recado claro aos que não se incomodam por estar no clube sem receber chance.
Em 2012, o jogador precisará provar até fora de campo que merece estar no Tricolor. "Precisa ter tudo que se imaginar de dedicação. Não é se esforçar só no campo, nos treinos e nos jogos. Fora de campo, tem que representar muito bem o grupo e sentir orgulho de estar trabalhando aqui. Acordar sorrindo e dizendo ?pô, hoje vou trabalhar, tenho prazer de ir lá' ou ?puxa vida, é hora de almoço, melhor ainda, a comida é boa'", indicou o chefe.
"Hoje e em qualquer tempo, para jogar é necessário mais que técnica, raça. Precisa aumentar a inteligência, ter o espírito definido, um comprometimento antes de mais nada com sua equipe, com os companheiros. Quem não tem comprometimento, não fica, não é merecedor de estar em uma grande equipe", continuou.
Uma das primeiras vítimas pela falta do espírito guerreiro cobrado por Juvenal Juvêncio é Marlos. O meia-atacante não conseguiu se firmar em quase três anos no Tricolor, mas desperta interesse do Metalist, da Ucrânia, que cogita pagar até 6 milhões de euros para levá-lo. O presidente do São Paulo já avisou: basta a proposta se tornar oficial para o camisa 11 ir embora.
Outros também podem sair. Leão acredita que Paulo César Carpegiani e Adilson Batista, seus antecessores, realizaram o mesmo diagnóstico que ele em relação à vontade dos atletas, mas agora, no fim do ano, já é possível fazer reformulações. O técnico avisa que não se colocará contra a venda de nenhum jogador.
Em relação ao time, a equipe que enfrentará o Santos, neste domingo, no último jogo do ano, já tem a gana que o ex-goleiro tanto deseja. "O time que vai entrar no domingo tem mais pegada e transpiração. É o que queremos. Transpiramos muito nos treinamentos, marcamos muito sem deixar de ser ofensivos, muito pelo contrário. A proximidade do gol melhorou", elogiou.